

A ex-deputada federal Manuela D’Ávila decidiu processar a Record TV e a Igreja Universal do Reino de Deus após ter sido vítima de fake news. A emissora de Edir Macedo exibiu uma reportagem, durante o programa religioso Entrelinhas, que afirmava que a jornalista apoiou um projeto que legalizava o casamento entre pais e filhos. Na ação judicial, ela pede uma indenização de R$ 12 mil por danos morais e uma retratação pública.Na época, a ex-deputada concedeu uma entrevista para o Notícias da TV e afirmou que a notícia seria completamente falsa. “Nós temos visto o uso da televisão para propagação de notícias falsas desde 2018. Essa notícia é falsa por si só. Eu nem tenho mandato mais como deputada e nem poderia apresentar um projeto. Infelizmente, essas pessoas usam seu poder de televisão para disfarçar propaganda para o candidato que elas apoiam”, comentou.A história começou quando Renato Cardoso, genro de Edir Macedo e apresentador dos programas religiosos da emissora, convidou outros pastores para que pudessem acompanhar e comentar a estratégia presidencial no final de maio.O programa em questão afirmou que Lula teria contratado pastores evangélicos para orientar seu discurso. Além disso, Renato informou que o “Partido dos Trabalhadores (PT) e a esquerda estariam apoiando um projeto de lei chamado Legalização de Incesto” e utilizaram a foto da ex-deputada para que pudessem ilustrar a notícia.Essa não teria sido a primeira vez que a Igreja Universal usou a Record TV para que pudesse atacar opositores políticos. Dias antes do primeiro turno, realizado no dia 2 de outubro deste ano, a igreja acusou Lula de ser a favor da pedofilia, além de começar a pedir votos abertamente para os fiéis em Jair Bolsonaro (PL).Manuela mantém o processo em sigilo, sem comentar sobre o caso. No entanto, a campanha do presidente eleito ainda está estudando a possibilidade de processar a emissora e a igreja pela divulgação de notícias falsas.Fonte: Em off