Nesta época do ano, não faltam ocasiões para celebrar. E, geralmente, as festas são regadas a muita bebida alcóolica. É quando costuma surgir a dúvida entre as pessoas que estão fazendo uso de medicamentos: posso beber mesmo tomando meus remédios?
O cardiologista Fabrício Silva, do Hospital DF Star, explica que diversos estudos avançam na compreensão desses efeitos. Um porém, entretanto, é que a maior parte dessas pesquisas é focada em situações de dependência alcoólica e uso crônico de remédios.
O profissional pontua que, em eventos esporádicos, a intensidade da interação entre álcool e medicamentos é proporcional a quantidade ingerida de bebida. As misturas também precisam ser avaliadas de acordo com o tipo de remédio e de bebida consumido.
O álcool tanto pode diminuir o efeito dos remédios, como colocar a vida em risco. Fabrício explica, de maneira geral, como as misturas agem no organismo:
Álcool + anti-inflamatórios
Os efeitos dos anti-inflamatórios são potencializados com a ingestão de álcool, isso por que a absorção intestinal das substâncias contidas nesse grupo de medicamentos é aumentada.
“Esse tipo de mistura têm potencial para o desenvolvimento de uma úlcera gástrica e sangramentos”, afirma.
Álcool + analgésicos
Usada para combater dores leves, a dipirona intensifica os efeitos do álcool no organismo. Já a interação entre paracetamol e bebidas pode levar à hepatite medicamentosa.
Álcool + antibióticos
Alguns antibióticos, como o metronidazol e o bactrim, estão relacionados a uma maior toxicidade para o corpo quando ingeridos com álcool. A mistura pode ocasionar sintomas como cefaleia, náusea, e tontura.
Além disso, esses medicamentos são metabolizados no fígado. Se o órgão já está sendo demandado para processar os antibióticos, o álcool pode dificultar o processo.
Álcool + antidepressivos
Os antidepressivos, quando misturados com drinques, têm seus efeitos de sedação intensificados. A eficácia do remédio diminui.
Álcool + insulina
A insulina, quando associada ao uso do etanol, eleva significativamente o risco de hipoglicemia. A hipoglicemia, por sua vez, gera uma complicação grave, relacionada a menor disponibilidade de glicose no sangue.
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Fonte: Metrópoles