

Renata Silveira foi uma das convidadas do “Encontro” transmitido na manhã desta segunda-feira (26). A narradora, considerada a primeira mulher a narrar os jogos de uma Copa do Mundo na televisão, fez questão de ressaltar o aumento no número de profissionais do sexo feminino cobrindo o maior evento futebolístico do planeta e da importância desta informação para o futuro das mulheres em um ambiente até então predominantemente masculino.Sem papas na língua, a narradora disse que, embora tenha sido pioneira, preferiria não carregar esse status, tendo em vista a demora na inserção da mulher no futebol: “Realmente foram momentos muito especiais. Eu confesso que não gostaria de estar sendo a primeira mulher a fazer tanta coisa e queria mesmo é que mais mulheres tivessem conquistado tantos espaços anteriormente. Mas, no geral, está sendo algo bastante especial. Não foi uma conquista só minha, mas também de todas as mulheres”.Na sequência, Renata destacou o desempenho de suas colegas: “É um momento muito especial que estamos vivendo, pois quando falamos de Copa do Mundo, não é só no espaço como narradora. Nós vimos a Ana Thaís Matos se tornando a primeira mulher a comentar os jogos da seleção brasileira, a Natália Lara sendo a primeira mulher no SporTV. Tivemos também a Renata Mendonça e outras tantas mulheres que estão ocupando esses espaços”.Silveira não perdeu a oportunidade de ‘alfinetar’ os críticos de plantão e disse que a cobertura da Copa do Catar foi marcada pela presença feminina: “Essa Copa do Mundo foi nossa e agente pode falar isso, pois foram muitas mulheres trabalhando. Nunca mais teremos uma Copa sem tantas mulheres participando. Então, eu considero isso uma conquista muito importante, um grande passo dado. Eu pude perceber isso por meio de mensagens de mulheres que disseram ter se identificado e sentido-se inseridas no meio do futebol”.“Quando a gente fala em futebol, nós estamos falando de um ambiente que é super masculino, em que vimos somente homens trabalhando, seja como narrador, repórteres e comentaristas. Hoje, uma mulher poder ligar a televisão e ver outra narrando e comentando. Isso é representatividade, é ver a mulher se sentindo inserida no meu futebolístico e enxergar que o futebol também é para ela”, concluiu a narradora da emissora dos Marinho.Por fim, Renata Silveira acabou se emocionando ao ser elogiada por Patrícia Poeta: “Você estava lá por talento, por merecimento, por competência. Eu vou aproveitar e confessar uma coisa para você: Eu vi todos os jogos e me chamou atenção nas suas narrações o quanto você estava bem informada. A gente que trabalha com TV, sentimos e temos um olhar mais crítico. Eu não sabia, mas depois descobri que você estudou pra caramba”.Fonte: Em off