Após receber diagnósticos incorretos, o soldado inglês Gavin Brooks, 45 anos, descobriu ter um câncer no pênis. O estágio avançado da doença fez com que os médicos precisassem amputar parte do membro para retirar o tumor. Meses depois, eles descobriram que o câncer havia se espalhado para outras partes do corpo e deram ao paciente o prazo de um ano de vida.
“Se eu tivesse sido diagnosticado antes, poderia ter passado apenas por uma circuncisão que evitaria o restante das operações e quimioterapia”, acredita Gavin.
Diagnóstico incorreto
Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, o inglês contou que procurou por atendimento médico em 2021, após sentir um anel de pele ao redor do prepúcio – a prega que recobre a glande do pênis – e notar uma lesão na ponta do órgão.
“A pele que liga o prepúcio ao pênis rachou, sangrava e causava dor quando eu fazia xixi. Eu sabia que isso não era normal e que tinha que fazer um check-up”, lembra.
O primeiro médico diagnosticou a lesão como uma verruga genital, mas Gavin não se convenceu e procurou outras opiniões. “Eu não sabia como poderia ter uma verruga genital, já que estava casado há 20 anos e só tinha uma parceira sexual naquela época, então não achei que eles estivessem certos”, afirma.
O segundo médico sugeriu que o soldado poderia estar com candidíase masculina e prescreveu tratamento com uma pomada. Sem obter melhoras, Gavin procurou por atendimento em uma clínica de saúde sexual, onde um dermatologista realizou uma biópsia e finalmente chegou ao resultado correto: o soldado estava com câncer de pênis.
Gavin finalmente passou por uma cirurgia em janeiro de 2022 para retirar o tumor. Junto com ele, os cirurgiões precisaram remover parte de seu pênis também. Assustado com o resultado, o paciente passou a chamar o próprio pênis de Frankenweiner. A palavra é a junção entre Frankenstein e salsicha, em inglês.
“Eles levantaram meu pênis e o cortaram ao meio. Tiraram um enxerto de pele da minha perna para refazer a cabeça do pênis, mas é apenas reto, com um buraco na ponta. Quando acordei no hospital, fiquei assustado com o quanto tinha sido removido”, relembra.
Novos exames mostraram que o câncer havia se espalhado e o paciente precisou passar por uma nova operação em abril para remover os gânglios linfáticos na virilha e, posteriormente, fazer tratamento com quimioterapia intensa.
Contudo, os médicos informaram que a doença continuou a avançar, espalhando-se para outras áreas do corpo. Eles informaram que Gavin pode ter apenas mais um ano de vida.
O inglês é pai de dois filhos – Camren, 15 anos, e Jorje, 10 – e passou a maior parte de sua vida no Exército como instrutor de treinamento físico. A dificuldade de locomoção após os tratamentos contra o câncer fez com que ele passasse a usar uma cadeira de rodas na maior parte de seu dia.
Agora, Gavin procura por novas opções de tratamentos fora da Inglaterra que possam aumentar sua expectativa de vida. “Para que eu possa ficar o maior tempo possível”, conta.
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Fonte: Metrópoles