

Nesta última quarta-feira (18), no quarto fundo do mar da vigésima terceira edição do Big Brother Brasil, Gabriel Tavares estava conversando com Paula, Marvvila e Cristian quando uma situação desconfortável ocorreu e acabou gerando um grande debate na internet. Acontece que, a cantora de pagode chamou a atenção do administrador por um suposto termo racista.A situação ocorreu após o brother dizer que uma toalha estava no “criado-mudo”. Após isso, a cantora chamou a atenção do jovem e disse: “Só te dar um visu, porque você não deve saber. Você falou ‘criado-mudo’, né?”, iniciou. “Então, esse termo não pode ser usado mais, porque é racista”, completou ela. Gabriel então pediu desculpas e agradeceu a Marvvila pela chamada de atenção.A cantora explicou ao brother que essa expressão não deveria ser utilizada. “Eu só estou te dando um toque, como amiga”, disse a sister. Após ser corrigido, Gabriel agradeceu a explicação de Marvvila. Para ele, foi importante a atitude dela de explicar algo de que ele não sabia. Com a conversa, Paula, o modelo e a cantora discutiram o melhor termo para se referir ao mesmo objeto. “Mesa de cabeceira”, disse Gabriel.A atitude de Marvvila gerou um grande debate na internet. Muitas discussões foram levantadas sobre o termo, no entanto, o podcast História Preta explicou a origem verdadeira das palavras. “Criado-mudo” não é uma expressão racista e não teve origem na escravidão, como muita gente acredita. A falsa narrativa que seria um termo ofensivo para pessoas de pele preta surgiu com uma história leviana que um escravizado ficava ao lado da cama de seu senhor e tinha sua língua cortada para ficar em silêncio. Entretanto, não existe evidência histórica ou registros daquela época do uso de “criado” como sinônimo de “escravo”.Segundo o podcast, no dicionário da língua brasileira de 1832 não existe o verbete “criado-mudo”. Ainda no dicionário da língua portuguesa de 1890 diz que o nome do referido móvel é “donzela”. Não existem cartas, jornais ou livros que registrem o uso dessa palavra no cotidiano escravocrata à época. Ainda de acordo com as pesquisas feita pelo História Preta, tudo indica que a fake news surgiu através de uma campanha publicitária feita pela ETNA, no dia da Consciência Negra de 2019, em uma tentativa de vender mais móveis.A história do “criado mudo” como uma expressão racista com origem na escravidão É FALSA 👇🏽 pic.twitter.com/plRGUpLIv9— Historia Preta – Podcast (@historiapreta) January 19, 2023Fonte: Em off