Um estudo publicado na revista Science Advanced neste mês afirma que o calendário maia – que ficou super conhecido por ser uma das fontes da teoria do apocalipse no ano de 2012 -, na verdade, era bem mais antigo do que se acreditava.
O calendário é organizado em 260 dias e é baseado em ciclos de eventos astronômicos. A ferramenta usa como orientação os pontos cardeais e algumas construções do período de domínio maia na América Central.
Os povos maias não foram completamente exterminados e existem, até os dias de hoje, indígenas de etnia maia habitando a Guatemala e o México. Um novo grupo de cientistas decidiu se debruçar mais intensamente sobre os significados do calendário e decidiu mapear todos os monumentos e os eventos astronômicos atrelados ao calendário.
Nova datação
Eles descobriram que o calendário maia mais antigo de que se tem notícia falava de monumentos construídos há cerca de 3 mil anos.
Anteriormente, acreditava-se que os primeiros calendários deste tipo haviam sido criados nos primeiros séculos depois de Cristo. Essa datação, obviamente não faz muito sentido para os povos mesoamericanos, haja vista que eles não tinham contato com a Eurásia naquele momento. “Mesmo quando não temos mais uma grande arquitetura maia, nunca perdemos a conta dos dias”, diz o indígena Willy Barreno Minera, do grupo Maya K’iche’, da Guatemala. “Dizemos que quando os colonizadores [espanhóis] chegaram, queimaram os livros, destruíram as estrelas. Mas eles não queimaram o céu, eles não queimaram o Sol”, explica.
Fonte: Hypeness