Os homens que sofrem com disfunção erétil podem estar próximos de uma solução para o problema. Um grupo de cientistas chineses criou uma espécie de “pênis biônico” em porcos e pretende testá-lo em humanos futuramente. Os resultados foram publicados na Revista Matter na última quarta (4/1).O pênis biônico imita uma bainha fibrosa de tecido necessária para manter as ereções chamada túnica albugínea – ela é a responsável por bombear sangue para o pênis.O estudo foi realizado por pesquisadores da South China University of Technology. De acordo com eles, os porcos envolvidos no experimento recuperaram normalmente a função de ereção graças a túnica albugínea artificialmente construída.O principal autor do estudo, Xuetao Shi, afirmou em nota que, após sucesso da pesquisa em porcos, sua equipe continua tentando resolver problemas de saúde reprodutiva masculina. Disfunção erétil, infertilidade e doença de Peyronie, que contrai e deforma o pênis, alterando a forma de ereção, estão na lista.“A maior vantagem da túnica albugínea artificial que criamos é que ela imita a microestrutura dos tecidos naturais e atinge funções semelhantes”, afirma Shi ao Daily Mail.Poucos estudos analisaram a restauração da função erétil até o momento. As pesquisas mais antigas procuravam fazer remendos com outros tecidos do paciente, mas o sistema imunológico frequentemente rejeitava a trama, ou ocorriam complicações.Metodologia
Para solucionar o problema, os pesquisadores desenvolveram a túnica albugínea à base de álcool polivinílico, que possui uma estrutura de fibra enrolada semelhante à do tecido natural. Após constatarem que o material não era tóxico a nenhum outro tecido do corpo humano, eles o testaram em mini porcos com lesões na túnica albugínea.Os cientistas descobriram que os adesivos feitos de tecido artificial restauraram a função erétil de forma quase o equivalente ao tecido peniano normal. Eles analisaram o tecido artificial um mês depois e descobriram que ele ajudou os animais a alcançar uma ereção normal.Porém, os resultados foram considerados bons, mas não perfeitos. Shi explica que em casos de lesões penianas, a túnica albugínea não é o único tecido danificado. Os nervos circundantes e o corpo cavernoso, o tecido esponjoso que percorre o eixo do pênis, também costumam ser afetados.“Nosso trabalho nesta fase se concentra no reparo de um único tecido no pênis, e o próximo estágio será considerar o reparo do defeito peniano geral ou a construção de um pênis artificial de uma perspectiva mais completa”, finaliza Shi.Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Já leu todas as notas e reportagens de Saúde hoje? Clique aqui.Fonte: Metrópoles