Mudanças bruscas de clima podem expor as pessoas a resfriados e sintomas gripais. Dentre eles está a dor de garganta, mas ela nem sempre acontece por conta de uma manifestação gripal. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o sintoma pode ser um dos sinais de câncer de laringe.
Dados da entidade estimam que 7.790 casos do câncer foram diagnosticados no Brasil em 2022. O tumor de laringe ocorre predominantemente em homens acima de 40 anos e é um dos mais comuns entre os que atingem a região da cabeça e pescoço.
O tabagismo aumenta o risco do tumor maligno, que se desenvolve em uma das três áreas que dividem o órgão: supraglote, glote e subglote. Uma pesquisa da biofarmacêutica AstraZeneca aponta que a média de brasileiros que consomem mais de 11 cigarros por dia, que é mais que metade de um maço, é de 39%.
Os principais sintomas do câncer de laringe são:
Dor de garganta;
Rouquidão;
Alteração na qualidade da voz;
Dificuldade de engolir;
Sensação de “caroço” na garganta;
Nódulo (caroço) no pescoço.
Além de fumar, o Inca alerta para os seguintes fatores que podem aumentar o risco de desenvolver o câncer:
Álcool;
Estresse e mau uso da voz;
Excesso de gordura corporal;
Exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, de couro, de cimento, de cereais, têxtil, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxicos.
O Inca sugere ainda a consulta médica frequente para que seja feita a identificação precoce do tumor — o tratamento tem mais sucesso quando começa nos primeiros estágios da doença.
Se o câncer for localizado cedo e tratado da forma adequada, existe chance de cura. Os procedimentos podem ser cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia.
Sem tratamento, o paciente corre o risco de deformidades físicas e problemas psicossociais, já que os cânceres da laringe podem afetar a respiração, fala e deglutição.
Sentir dor de garganta não necessariamente significa ter câncer. Especialistas alertam que este também pode ser sintoma de um grupo de infecções bacterianas chamadas estreptocócicas.
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Fonte: Metrópoles