Epicentro de um cenário caótico na Copa São Paulo de Juniores, o Hotel Alpino, em São Roque, foi interditado pela Vigilância Sanitária de São Paulo nesta semana. Foram dezenas de casos de indisposição estomacal entre jogadores e membros da comissão técnica do Ceará, do Rio Claro, e do Madureira, do Rio de Janeiro – a delegação dos três clubes estava hospedada no local.
“Em um dos jogos, os meninos estavam se cagando no campo. Foi um circo de horrores essa sede, algo surreal. Nunca vi isso e já estive em outras edições da competição”, contou um dirigente de um dos clubes que ficou hospedado no local e que preferiu não se identificar.
A interdição do hotel, que foi fundado na década de 1980, se deu por diversas irregularidades sanitárias, além da baixa qualidade da água do local. O empreendimento poderá retomar as atividades após cumprir com as obrigações estabelecidas.
“Serviram carne de porco na refeição e todos ficaram doentes, inclusive o delegado da Federação Paulista de Futebol, que teve que tomar soro. A dona do hotel disse que era surto de virose na cidade, mas não é verdade. Colheram água lá e viram que estava contaminada. Os meninos passaram dois dias comendo e bebendo dessa água contaminada. Precisamos comprar água mineral porque não era nem para escovar os dentes. Não sei como o hotel passou no crivo da FPF”, conta o diretor.
O local também foi reprovado por instalações antigas e inapropriadas, além de refeições inadequadas. “O jantar não foi bom já no primeiro dia que chegamos. O cardápio da FPF diz que precisa ter, no mínimo, duas proteínas para os atletas e não tinha. Todo dia tinha relatos de reclamação. Serviram até pão duro em um lanche”, explica o diretor.
Os membros das delegações dos clubes precisaram se alimentar com a comida de um restaurante da cidade em todas as refeições.
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Fonte: Metrópoles