Segundo especialistas, o consumo de bebida alcoólica também aumenta o risco de desenvolver diferentes tipos de câncer, como o de boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino e mama. Quanto mais prolongado na vida for esse hábito, maior é o risco do surgimento de células cancerígenas
O consumo excessivo de álcool é associado por médicos a uma série de complicações à saúde, incluindo doença hepática, risco significativamente maior de lesões graves a curto prazo, e câncer a longo prazo, por exemplo.
Um estudo feito na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicado em dezembro de 2022 no Journal of Studies on Alcohol and Drugs, mostra agora que as pessoas que procuram um pronto-socorro devido ao abuso de álcool – seja por intoxicação, lesões, queda, briga ou acidente de carro – correm cinco vezes mais risco de morrer nos 12 meses seguintes em comparação ao restante da população.
“As lesões são um dos perigos mais imediatos do comportamento problemático do consumo excessivo de álcool. Além de se machucar em acidentes de carro e quedas, algumas pessoas podem se ferir em brigas depois de beber, por exemplo”, afirma a principal autora do estudo, Sidra Goldman-Mellor, professora do Departamento de Saúde Pública da Universidade da Califórnia.
Os pesquisadores calcularam a taxa de mortalidade com base nos registros de 10 milhões de pacientes admitidos em unidades de pronto-socorro da Califórnia entre 2009 e 2012.
Desses pacientes, 262.222 tiveram uma lesão não fatal e receberam o diagnóstico de transtorno por uso de álcool ou estavam embriagados no momento do acidente. Até 76,9% das lesões foram registradas como não intencionais, com 13,2% adicionais por agressão, 7,9% por autoagressão e 2,1% por intenção indeterminada.
A mortalidade por todas as causas entre os pacientes com lesões provocadas pelo consumo de álcool foi de 5.205 por 100 mil pessoas ao ano, cinco vezes maior do que o registrado no restante da população do estado da Califórnia.
“De cada cem pacientes feridos que estavam intoxicados ou tinham problemas de uso abusivo de álcool, cinco morreram no ano seguinte. No resto da população, a proporção era de um para cem”, informou Sidra.
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Fonte: Metrópoles