Goiânia – Por meio das redes sociais, a estudante Júlia Viana, de 20 anos, expôs um grande trauma e vem recebendo o apoio de internautas. Moradora de Jaupaci, município na região central de Goiás, a jovem conta em um vídeo os momentos terríveis que viveu depois que foi vítima de estupro por parte de um tio, que também era seu padrinho, e as ameaças que sofreu para não relatar o crime.Segundo Júlia, os abusos sexuais aconteceram quando ela tinha de 8 para 9 anos de idade e duraram cerca de um ano e meio. Ainda de acordo com a jovem, o homem também estuprou outras cinco crianças da família.“Quando era pequena, eu não contava porque ele me ameaçava dizendo que iria matar meus pais. Depois que eu cresci, eu quis evitar dor para os meus pais. Por algum tempo foi necessário me calar, hoje não é mais”, desabafa a estudante.Denúncia
Júlia denunciou o caso à polícia em maio de 2022. Depois disso, os demais casos de abuso sexual contra outras cinco crianças da família vieram à tona. São crimes cometidos contra quatro sobrinhas, uma neta e uma afilhada.De acordo com a Polícia Civil, os seis casos foram investigados no ano passado. Adaunair Ferreira Neves, de 67 anos, é investigado por estupro de vulnerável contra quatro vítimas. Desde então, o homem tem dois mandados de prisão em aberto, mas está foragido há 7 meses.Segundo a corporação, o homem já foi procurado em 15 endereços diferentes, inclusive em outros estados como Rondônia, Mato Grosso e Pará, porém, não foi encontrado. No início deste mês, a polícia recebeu informação de onde ele poderia estar. A Justiça autorizou mandado de busca e apreensão na propriedade, mas ele não foi localizado.JustiçaNas redes, Júlia fez um apelo por Justiça. A jovem diz que o trauma não foi superado, mas que agora conseguiu expor o caso sem que o emocional fosse machucado. Por ela e pelas familiares, a estudante pede justiça contra o tio. “Eu preciso que ele seja achado e que ele pague pelo que ele fez”, desabafou.“Fica aqui o meu apelo: por favor, eu imploro aos familiares, entreguem ele, façam justiça! Sejam justos, sejam bons! Não se calem, me deem um pouco do conforto que eu preciso! Isso tá me sufocando, guardar pra mim tudo que eu sinto. Não vou mais ficar calada, não vou mais fingir que tudo foi superado, porque não foi”, diz a estudante.Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Fonte: Metrópoles