Identificada pela primeira vez na França, a Deltacron combina características das mutações Delta e Ômicron. Segundo a diretora da OMS, Maria Van Kerkhove, ainda não há evidências de que a nova variante seja mais grave do que a Delta ou a Ômicron separadamente. Com dois casos identificados no Brasil, no início de março de 2022, a cepa também já foi encontrada em países da Europa e nos Estados UnidosUma nova variante da Covid-19 foi identificada pela Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido. A nova cepa, CH.1.1, apelidade de Orthrus, tem potencial de se tornar dominante em toda a região.De acordo com um dos maiores sites de vigilância do país, o Instituto Sanger, a Orthrus já representa 23,3% de todos os casos de coronavírus registrados na nação, e responsável por 100% dos testes positivos em pelo menos 15 distritos.A nomenclatura Orthrus é uma referência a uma figura da mitologia grega: um cachorro de duas cabeças e com rabo de serpente. O animal possui um irmão, o Cérbero, que possui uma cabeça a mais e é conhecido por proteger os portões do inferno.Apesar do nome apocalíptico, ainda é cedo para dizer se a nova variante pode provocar casos mais graves da doença ou escapar da imunidade assegurada pelas vacinas bivalentes.Orthrus
Mesmo a Orthrus sendo responsável pelo maior número de infecções no país, especialistas consideram que a variante BQ.1.1, intitulada Kraken, está crescendo mais rápido, é mais transmissível e possui maior escape imunológico do que outras cepas em circulação.Os cientistas descobriram que ambas as subvariantes possuem peculiaridades genéticas. A primeira tem uma mutação chamada P681R, parecida com a da variante Delta. Acredita-se que a transformação genética é uma melhoria das células de ataque, e causa quadros graves da doença.Os pesquisadores também revelaram que a variante contém mutação no gene R346T, que ajuda a cepa a combater os anticorpos gerados em resposta à vacina ou a infecção anterior.Já a Kraken tem uma mutação chamada F486P, que ajuda a contornar os anticorpos que combatem a Covid-19, e a S486P, que melhora a capacidade da variante de se ligar às células humanas.As duas novas cepas combinadas com a crise do Serviço Nacional de Saúde (NHS) e um surto de gripe, desencadearam pedidos pelo retorno das restrições da era pandêmica no Reino Unido.Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Já leu todas as notas e reportagens de Saúde hoje? Clique aqui.Fonte: Metrópoles