A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) usou balas de borracha e bombas de efeito moral contra a família de Izabel Aparecida Guimarães de Sousa, 36 anos, assassinada pelo companheiro, Paulo Roberto Moreira Soares, 38, nesse fim de semana.Os parentes da vítima de feminicídio estiveram na porta da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), para pedir justiça após a morte da vendedora. Nessa hora, Paulo Roberto chegou para se entregar, acompanhado de um advogado, e os ânimos ficaram exaltados.“Estava decidida a se separar”, relata irmão de vítima de feminicídio
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Feminicídio: procurado por matar Izabel Aparecida se entrega à políciaVídeos mostram o momento em que os policiais civis pedem aos parentes de Izabel Aparecida que aguardem do outro lado da pista.“Estávamos pedindo por justiça. Queríamos uma resposta para o caso, mas fomos recebidos com bombas e balas de borracha. Enquanto isso, Paulo [Roberto] estava em segurança, dentro da delegacia, e a família da vítima correndo riscos”, criticou Francisco Rufino de Souza, 32, irmão de Izabel Aparecida.“Estava decidida a se separar”, relata irmão de vítima de feminicídioEle acrescentou que uma prima ficou ferida na perna, após ser atingida por uma bala de borracha. A família deixou a delegacia por volta das 2h desta segunda-feira (6/2). Segundo a delegada Adriana Romana, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, foi preciso acionar a Divisão de Operações Especiais (DOE) para manter a segurança de todos que estavam na delegacia no momento da prisão. “As pessoas que estavam lá estavam exaltadas. É compreensível a indignação com o fato, mas ele seria preso”, disse. A delegada ainda ressaltou que havia risco de invasão à Deam.Crime
Acusado de matar a companheira na tarde de sábado (4/2), Paulo Roberto entregou-se à polícia no domingo (5/2), na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2 — ao lado da 15ª DP.Izabel Aparecida estava no quarto, com a filha de 8 anos, quando Paulo Roberto chegou alterado em casa. Testemunhas relataram à PCDF que ouviram a vítima gritar: “Para, Roberto. Na frente da menina?”.O assassino ordenou que a vítima desligasse o celular. Em seguida, as testemunhas ouviram barulhos de tiro.Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) encontrou a vítima ainda viva no quarto. Izabel Aparecida foi levada de helicóptero para o Hospital de Base, mas não resistiu e morreu.A vendedora foi baleada na frente da filha. Após atirar na cabeça da companheira, Paulo Roberto disse à criança: “Sua mãe já era”. Em seguida, deixou o imóvel, ainda armado, em um Ford Fusion preto.Paulo chegou a mandar um áudio no grupo de amigos no WhatsApp, após cometer o crime, confessando o feminicídio.Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no InstagramReceba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre o Distrito Federal por meio do WhatsApp do Metrópoles DF: (61) 9119-8884.Fonte: Metrópoles