Emoção e desabafo em rede nacional. Foi assim a participação de Klara Castanho no programa ‘Altas Horas’. A atriz teve informações sigilosas de sua vida reveladas por uma enfermeira e viu tudo o que queria esquecer virar notícia. Ainda muito abalada, ao lado de outras mulheres que era homenageadas na atração, a jovem recebeu apoio e deu detalhes de como se sentiu naquele momento:“Eu fui forçada a trazer a público a coisa mais difícil da minha vida. Eu nunca imaginei que teria que falar e lidar com isso, além das pessoas que, involuntariamente, foram incluídas na história, que são a minha família. Eu tenho muita sorte de ter recebido muito acolhimento. As pessoas foram muito gentis comigo. Eu tenho uma rede de apoio maravilhosa, uma equipe que me acolheu, me defendeu e me defende. Eu recebo mensagens de muito carinho. Por mais que as pessoas não entendam, elas escolheram respeitar a minha decisão”, começou Klara.E prosseguiu: “Depois que eu vim à público, de novo, de forma forçada, eu denunciei todos os crimes aos quais eu fui submetida. Todos, sem nenhuma exceção. E o que me resta nesse momento, e ainda bem, é confiar na Justiça e eu confio muito. Não só na Justiça daqui, mas numa Justiça muito maior. Eu fiz o que eu podia, como eu podia, o que o meu psicológico podia aguentar e pode, e que bom que eu tô aqui, que bom que é com você, que bom que é com mulheres tão fortes, mulheres tão potentes”, desabafou a atriz.Klara agradeceu o acolhimento que vem recebendo de todos deste junho do ano passado, quando tudo veio à tona: “E, ai, finalmente eu consigo chorar, finalmente eu consigo colocar pra fora. E, mais uma vez, eu quero muito agradecer o acolhimento de cada um, cada olhar de carinho, cada olhar de amor, cada carinho que eu recebi e recebo todos os dias. Desculpa tomar tanto tempo, Mas que bom que foi agora e que bom que foi dessa forma. Obrigada”, finalizou.No Instagram da TV Globo, os internautas se mostraram emocionados com a fala de Klara: “Que menina forte! Esperamos que todos sejam punidos e, principalmente, a mulher que fez o maior rebuliço na internet e que fez você sofrer hater!”, afirmou uma. “As pessoas que atacam essa mulher não aguentariam uma fração do que ela aguentou de cabeça erguida”, disse outra. “Chorei junto ❤️ Gratidão por mostrar sua força para tantas mulheres que precisam enfrentar também”, agradeceu uma terceira.Em entrevista à colunista Patrícia Kogut, do jornal ‘O Globo’, Serginho Groisman analisou a fala de Klara ao tocar no assunto, que é tão delicado: “Ela falou sobre como foi forçada a expor sua vida privada e fez uma reflexão muito madura sobre as redes sociais. Aquela menina de 22 anos virou uma mulher com fala firme e segura”, declarou.Arquivamento do casoApós o vazamento de dados médicos sigilosos, que gerou uma onda de notícias particulares suas na imprensa, em junho do ano passado, Klara Castanho ainda precisou ouvir que o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou a investigação sobre seu caso, que tentava descobrir quem foi a enfermeira que teria divulgado sua internação e o motivo dela. O órgão, que começou a verificar o fato após denúncia da própria atriz em suas redes sociais e acabou ganhando as mídias, emitiu um comunicado sobre o assunto, em janeiro deste ano:“O Coren-SP seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, colhendo depoimentos. Porém as provas analisadas não comprovaram a participação da enfermagem no vazamento das informações. A atriz foi procurada através de sua assessoria para apresentação de sua versão dos fatos, porém não se manifestou”, afirmou a nota, publicada no site do conselho.No texto, o Coren-SP afirma que iniciou o processo assim que soube do caso pela imprensa. Na ocasião, Klara Castanho afirmou que uma enfermeira do hospital onde estava internada a ameaçou de divulgar para jornalistas que a atriz teria dado seu bebê, fruto de um estupro, para adoção. A instituição afirmou, ainda, que “O fato de o processo ter sido arquivado por ausência de provas comprobatórias do envolvimento da enfermagem não significa que o Coren-SP afirme categoricamente que ele não ocorreu. Por isso, permanece à disposição da atriz, caso seja de seu interesse prestar diretamente ao conselho informações que possam complementar as investigações realizadas até o momento”.E finalizou: “O Coren-SP reitera o seu compromisso com a fiscalização séria do exercício profissional da enfermagem, em defesa irrestrita da ética, contra qualquer tipo de impunidade ou dano à sociedade, pautado, sempre, pelos princípios constitucionais”. Em meio a tantas invasões de privacidade, Klara Castanho ainda teve forças para usar suas redes sociais para agradecer ao apoio que vinha recebendo dos amigos, família e do público:“Os últimos dias não foram fáceis, mas eu queria vir aqui para agradecer por cada palavra de amor, de afeto e de acolhimento que eu recebi e venho recebendo”, começou ela, antes de continuar: “Obrigada do fundo do meu coração. Eu sei que muitos de vocês estão preocupados comigo, mas quero dizer que estou me cuidando, fazendo acompanhamento psicológico e sigo cercada de profissionais que estão trabalhando para a preservação dos meus direitos”, afirmou.Até o fechamento dessa nota, Klara Castanho ainda não havia se pronunciado sobre o arquivamento das informações em suas redes sociais. No Twitter, muitos usuários se revoltaram com a decisão do conselho: “É impressionante como as entidades de classe da área da saúde protegem os seus. É bizarro! Eles se matam de estudar, fazem um juramento sobre a vida de outras pessoas e depois se amontoam em entidades de classe para os protegerem ao cometer erros e crimes”, disparou uma. “Intolerável”, resumiu outra. “Que tristeza pqp”, disse uma terceira.Fonte: Em off