A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou do lançamento da Campanha Nacional de Combate à Tuberculose, nesta sexta-feira (24/3), em Brasília. O projeto é uma parceria com a Nova/SB, e tem como objetivo informar a população sobre a gravidade da doença e o acesso ao tratamento de uma pessoa tuberculosa.Em 2021, o país bateu o recorde negativo de mortes pela doença: foram 5 mil óbitos, de acordo com o ministério. A doença atinge, principalmente, as chamadas populações mais vulneráveis: pessoas em situação de rua, indígenas, refugiados, pessoas vivendo com HIV/Aids e pessoas privadas de liberdade.“É inadmissível que tantas pessoas percam a vida por uma doença que tem prevenção, tratamento e cura. A tuberculose é uma doença que atinge mais fortemente a população mais vulnerável. Entendemos que são populações e grupos populacionais que são negligenciados. O foco é nas pessoas e não nas doenças”, disse a ministra.A estratégia é alertar a população para a importância do diagnóstico precoce da doença e reforçar a mensagem de que o SUS está preparado para o acolhimento, teste e tratamento das pessoas com tuberculose. “Quem tem tuberculose nunca está sozinho. O SUS está junto com você nessa luta. Tamo junto com você nessa luta” é uma das mensagens nas peças da campanha para reforçar o papel do SUS no combate à doença.“É importante reforçar que o SUS oferece teste e tratamento, é uma das fortalezas mais importantes no combate à tuberculose. As ações de prevenção com vacinação, diagnóstico e tratamento são fundamentais. Queremos destacar aqui pessoas em situação mais vulneráveis, pessoas em situação de rua, comunidades indígenas, refugiados, pessoas vivendo com HIV/Aids, e pessoas privadas de liberdade. Sabemos também que a tuberculose é ainda a 2ª doença infecciosa que mais mata no mundo, eu friso ainda porque nós temos a prevenção, novas ferramentas de diagnóstico, e a capacidade de termos tratamento. E por isso ainda é mais lamentável que isso persista”, afirmou a ministra em coletiva.Meta
O objetivo é que a doença seja eliminada do país até 2030. Draurio Barreira Cravo, diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), explicou o motivo de não usar o termo “erradicação” em vez de “eliminação”.“Não estamos falando aqui de erradicação. Doenças que não têm vacina a gente elimina como problema de saúde pública, mas não erradica”, apontou.A tuberculose é a segunda doença infecciosa que mais mata no mundo e apenas 50% dos infectados são diagnosticados, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o teste e tratamento estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).A campanha vai até 12 de abril, nas praças de Manaus, Belém, Rio Branco, Recife e Rio de Janeiro, na TV aberta e segmentada, rádio, internet, DOOH e OOH. A estratégia de regionalização da mídia considerou os estados que concentram maior número de infectados.Além da população, a campanha tem o objetivo de impactar também os profissionais de saúde que nem sempre estão informados sobre a doença, sintomas, formas de transmissão, prevenção, diagnóstico e tratamento.*Estagiária sob a supervisão de Andreia CastroFonte: Correio Braziliense