Esta coluna de apenas seis leitores descobriu que Patrícia Pillar está na luta pelos seus direitos na Justiça e parece não ter a pretensão de desistir tão cedo. Isso porque a atriz venceu um processo por danos morais contra quatro internautas que a ofenderam nas redes sociais mas, tempos depois, ainda não conseguiu ver a cor do dinheiro da indenização determinada na sentença da ação.Segundo os documentos que a coluna teve acesso, a artista tentou usar o SISBAJUD (sistema que interliga a Justiça ao Banco Central e às instituições financeiras), mas sem sucesso. Foi descoberto que os réus não tinham contas, ou, se tinham, as mesmas estavam inativas. Como a penhora on-line não teve sucesso, decidiu-se proceder à penhora “portas adentro”. Também sem êxito, no dia 10 de janeiro de 2023, o juiz tabelar Fernando Rocha Lovisi determinou a penhora, novamente pelo sistema SISBAJUD, mas agora em um procedimento chamado de “teimosinha”.Calma, que nós vamos explicar. O procedimento em questão consiste na busca automática de ativos financeiros no nome do réu. Foram deferidas, ainda, pesquisas nos sistemas RENAJUD e INFOJUD, na esperança de conseguir reunir algum fundo ou bem penhorável que possa servir para satisfazer o direito de Patrícia Pillar.Até o momento, ainda não há atualizações sobre as novas pesquisas.Como tudo começouTodo o imbróglio começou quando a atriz, em maio de 2016, fez uma postagem em uma rede social para promover um debate. Nela, Patrícia Pillar foi alvo de diversos comentários ofensivos. Em um deles, um dos réus mandou a artista “tomar no c*”. Em outro, o segundo processado chegou a afirmar que a ex-global teria vendido o seu caráter por “uma chance de tomar um dinheirinho da Lei Rouanet”. Ele disse, ainda, que Patrícia, assim como seu ex-marido, o político Ciro Gomes, vivia do dinheiro dos governos criminosos comunistas.No dia 27 de maio de 2016, o terceiro réu comentou: “Patrícia Pillar, não é de se estranhar você é uma dessas vagabund*s que se dizem artistas. Por que não vai tirar fotos nua na ‘Revista Playboy’ ou na ‘Sexy’ para bancar suas mordomias, ou então arruma outro macho que seja político ladrão para te bancar, em vez de estar querendo se beneficiar de impostos que pessoas trabalhadoras honestas, pagam. Vai trabalhar vagabund*”.O quarto processado por Patrícia mandou ela “criar vergonha na cara”. Disse que o país não precisava das opiniões da artista, que seria uma “pessoa escrota” e egoísta, que pensa apenas no próprio bolso. O rapaz finalizou disparando que a atriz era uma “hipócrita de merda”.Diante de todos esses comentários ofensivos, Pillar pediu uma indenização a título de danos morais no montante de R$ 8 mil por cada réu, totalizando R$ 32 mil. A atriz solicitou, ainda, que os quatro rapazes fossem condenados e publicassem a sentença a fim de reparar os danos causados à ela, na íntegra, em seus perfis nas redes sociais, sob pena de pagamento de multa diária no valor de dez salários mínimos até o cumprimento da obrigação.SentençaA Justiça bateu o martelo e determinou na sentença o pagamento de uma indenização de R$ 5 mil por parte de cada réu, com juros e correção monetária. Além disso, decidiu pela obrigação dos quatro homens publicarem a sentença na rede social utilizada para ofender a atriz, dentro de um prazo de dez dias úteis.No entanto, no dia 28 de setembro de 2021, os réus ainda não tinham cumprido a determinação. Nesse caso, a obrigação de publicar a sentença se transformou na obrigação de pagar uma multa no valor de R$ 5 mil, a título de multa mais os danos morais que já haviam sido fixados. Diante disso, Patrícia Pillar requereu a intimação dos rapazes para pagarem voluntariamente o valor de R$ 10.130,00 (danos morais + multa + juros).Fonte: Em off