A Páscoa é a celebração cristã da ressurreição de Jesus Cristo. Ovos e coelhos, além de não terem qualquer relação biológica, são comumente associados a essa data. Mas por quê?Várias versões tentam explicar as razões por trás dessa simbologia tão popular no Ocidente.O significado por trás dos coelhinhos
O coelho representa fertilidade desde o Egito Antigo e é considerado o grande símbolo da Páscoa por esse mesmo motivo.“O coelho simboliza vitalidade, é um animal que procria com muita facilidade, então é um símbolo de vida. E que é na verdade o que a Páscoa cristã comemora, a vitória da vida”, explicou Gerson de Moraes, professor de Teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.E, de fato, os coelhinhos são extremamente férteis, podendo gerar filhotes, em média, de quatro a oito vezes por ano. A cada ninhada, é comum nascer de seis a oito filhotes. Além disso, possuem ótima resistência para doenças.De onde vieram os ovos de Páscoa?
Apesar de ser ligada à festividade cristã no imaginário popular, a tradição dos ovos pode ter origem pagã. O símbolo significava o início de uma nova vida e era associado aos festivais de equinócio da primavera — que coincide com a época da Páscoa no hemisfério Norte.“O ovo também pode ser associado como símbolo da ressurreição. Na iconografia que aparece durante o período medieval, era muito forte. Estava associado à ideia de vida que renasce”, explicou o professor Gerson.Quando os ovos viraram chocolate?
Os ovos de chocolate surgiram durante o século XVIII, quando confeiteiros franceses resolveram esvaziar ovos e preenchê-los com chocolate.A prática de rechear os ovos perdurou, entretanto, por seu preço elevado, era restrito apenas à classe alta. Com o passar do tempo, seu modo de produção foi espalhado, e o ovo de chocolate tornou-se uma das tradições da Páscoa.Já a prática de pintar os ovos provavelmente teve início com a tradição alemã. Segundo documentos do século XVI, crianças bem-comportadas ganhavam ovos coloridos e enfeitados. Os imigrantes germânicos foram os responsáveis de exportar essa ideia para outros países, inclusive o Brasil.* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago PrataFonte: Correio Brasiliense