Após uma trajetória de mais de duas décadas, Leila Sterenberg não resistiu ao passaralho que afeta o departamento de jornalismo da Rede Globo e foi demitida. Surpresa com a decisão da emissora, a jornalista precisou de um tempo para conseguir processar tudo e, somente dois dias após o ocorrido, veio a público falar sobre o seu desligamento. Por meio de suas redes sociais, a apresentadora relembrou momentos especiais e não perdeu a oportunidade de mandar uma possível indireta ao se descrever como uma “profissional razoável”.Além de uma foto feita em um estúdio da GloboNews, a jornalista publicou um longo texto: “Essa foto é do meu último Especial de Domingo. O resto da minha vida começou ontem, quando passei o crachá pela derradeira vez na catraca da emissora, no Jardim Botânico. Me emocionei com as inúmeras manifestações de carinho, nessa despedida, por parte de amigos, companheiros de trabalho e desconhecidos, que me escreveram por aqui e por outras redes. OBRIGADA!”.“Obrigada também a meus (agora ex) chefes e colegas, por terem proporcionado que eu fizesse TANTAS coisas nessas últimas décadas. Aprendi alemão pra fazer os programas sobre “o país da Copa” de 2006. Fiz a linda série “Um Século Arquitetura”, em 2007. Outra com sobreviventes do Holocausto, em 2009. Um Especial na Polônia em 2011 e, no mesmo ano, a cobertura da Europália em Bruxelas (sozinha com uma câmera, microfone e tripé)”, continuou.Na sequência, Leila voltou a destacar alguns trabalhos que realizou sozinha: “Em 2012, a aventura foram vários programas e matérias pro “Ano da Alemanha no Brasil” (com entrevistas no idioma). Em 2014, fiz uma grande reportagem sobre o primeiro genocídio do Século XX, na Namíbia. Em 2016, dirigi ‘Cartas da Bessarábia’, doc no GloboPlay (vejam!). Em 2015 e 2017, fui à França pra dois Cidades e Soluções sobre a COP e a One Planet Summit (novamente só minha câmera e eu)”.“Em 2021, a convite do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico, fui, junto com cientistas políticos de uns 10 países, observadora das eleições (que cobri com um celular e um tripé de blogueira). No ano passado, em 8 dias no Japão (com o mesmo “equipamento”), fiz duas reportagens, entradas ao vivo (Japão na Copa!) e um Cidades. Em 2021, a convite do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico, fui, junto com cientistas políticos de uns 10 países, observadora das eleições (que cobri com um celular e um tripé de blogueira). No ano passado, em 8 dias no Japão (com o mesmo “equipamento”), fiz duas reportagens, entradas ao vivo (Japão na Copa!) e um Cidades”, disse a jornalista.Por fim, Leila Sterenberg agradeceu pelos 25 anos de Globo e aproveitou para dar aquela alfinetada: “Valeu, galera. Acho que me tornei uma profissional razoável e fiz amigos maravilhosos, além de ter podido trabalhar com alguns do melhores jornalistas do nosso país. Muito orgulho. E vamos que vamos. Já estou inventando os próximos episódios dessa saga. Um abraço apertado a todos os que aqui me lêem, com essa minha energia que “nunca desliga”.Fonte: Em off