São Paulo — O comerciante que morreu após ser linchado por quatro homens na última quinta-feira (4/5), no Guarujá, litoral paulista, enfrentava crises de depressão desde que terminou um relacionamento de aproximadamente um ano com a psicóloga Vanessa Regina Benedito de Almeida (foto em destaque), há cerca de dois meses.Osil Vicente Guedes, de 49 anos, teve morte encefálica confirmada na madrugada de domingo (7/5), em decorrência dos ferimentos que sofreu durante o espancamento.Conforme revelado com exclusividade pelo Metrópoles, a família de Osil afirma que ele já havia sido agredido pelos mesmos homens dois dias antes, na terça-feira (2/5). Em áudio enviado a um parente depois do incidente, a própria vítima diz que Vanessa seria a mandante da agressão.As informações contrariam uma primeira versão sobre o ocorrido, segundo a qual Osil teria sido confundido com um ladrão de moto na rua e, por isso, acabou espancado.Vanessa é psicóloga. De acordo com familiares de Osil, ele teria conhecido a mulher por telefone, quando procurou apoio médico para tratar seu quadro de depressão. O homem tomava medicamentos de tarja preta.Após quatro meses de consultas, Vanessa teria dito que estava apaixonada e que não poderia mais atender Osil, segundo pessoas próximas.“Ele procurou um psicólogo, com esses problemas de depressão, e começou a consultar com ela. Quatro meses depois, ela falou para ele: ‘Não posso ser sua psicóloga porque eu estou apaixonada’”, afirmou um familiar de Osil, que pediu para não ser identificado.De acordo com o parente, os dois foram morar juntos pouco tempo depois. “Ele até mandou buscar o filho dele que estava no Nordeste para morar junto. Estava tudo bem até então. Ele vivia lá sempre em contato com ela.”Depois de uma briga, o casal teria decidido se separar, e Osil alugou uma casa para morar sozinho com o filho, de 11 anos.Pessoas próximas afirmam que a separação fez com que o quadro de depressão do comerciante se agravasse. Dias antes de sua morte, Osil teria “surtado”.Ele teria enviado a Vanessa vídeos dizendo que iria se matar e pedindo que ela cuidasse de seu filho. A mãe do menino, que mora no interior do estado, foi buscá-lo, com medo de que ele fosse levado pelo Conselho Tutelar.Segundo familiares de Osil, durante alguns dias ele ficou “sem conseguir se levantar”. Ele só teria melhorado em 2 de maio, quando foi até a casa da ex-companheira. Na ocasião, Vanessa chamou a Polícia Militar e alegou ter sido ameaçada e agredida pelo ex.A PM confirmou o chamado, mas disse que quando chegou ao local Osil não estava mais lá.No mesmo dia 2, ao sair da casa de Vanessa, o comerciante teria sido atacado pela primeira vez por conhecidos dela. Os agressores teriam quebrado a moto de Osil. A vítima foi socorrida por um irmão. Depois do episódio, Osil chegou a mandar um áudio para uma parente em Pernambuco contando que Vanessa havia mandado criminosos o espancarem.No dia 4, Osil voltou à casa da ex-companheira usando a moto de um amigo. Quando deixava o local, foi surpreendido e espancado por quatro homens. Imagens mostram o momento da agressão.O Metrópoles tentou contato mais de uma vez com Vanessa Regina Benedito de Almeida, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.Fonte: Metrópoles