

Cumprindo trâmites legais, dirigentes do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) se reúnem nesta quarta-feira (3) com representantes do GDF, antes de deflagrar a greve geral anunciada para ter início na quinta-feira (4). A paralisação foi aprovada em assembleia geral realizada em 26 de abril, quando os participantes saíram em caminhada pelo Eixo Monumental até o Palácio do Buriti. A falta de reajuste salarial há oito anos é o principal motivo da greve. Pelos cálculos do sindicato, perda nos últimos cinco anos é superior a 30%.Nesta terça-feira (2), o sindicato voltou a fazer o apelo a professores e alunos pra que mobilizem suas escolas, conversem com colegas e com a comunidade escolar para a construção da greve. “Vamos ampliar a adesão ao movimento e pressionar o governo para que os resultados da negociação sejam positivos para a nossa categoria”, frisou a entidade, em comunicado.Na manhã desta terça, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), concedeu reajuste de 18% para servidores efetivos do governo do Distrito Federal (GDF), contra 25% para cargos comissionados. O aumento de 18% contempla cerca de 220 mil servidores, entre inativos, ativos, comissionados e pensionistas.”O sentimento é de indignação. A categoria está esperando há cinco anos uma proposta desse governo. Os 18% que foram concedidos não resolvem a nossa situação, porque ainda estamos abaixo do piso nacional”, disse a diretora do Sinpro-DF, Luciana Custódio.Também diretora do Sinpro-DF, Vanessa Galassi, reforça que 6% de aumento a cada ano, por oito anos, não atende as necessidades da categoria, muito menos as perdas observadas nos últimos cinco anos. “A reestruturação da carreira implica em uma série de pontos, como incorporação de gratificação, mudança na tabela salarial, realização de concurso público, nomeação, urgente, de todo o cadastro reserva, enfim, ações efetivas. A perda inflacionária no período é de mais de 30%”, disse.Fonte: Correio Braziliense