Rita Lee, em sua segunda autobiografia, “Rita Lee: Outra Biografia”, revelou que pensou em eutanásia – que é o processo de acelerar a morte de alguém para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa – quando descobriu seu diagnóstico de câncer de pulmão, uma vez que a doença tinha atingido o estágio terminal.“Disse a ele (médico) que minha vida tinha sido maravilhosa e, que por mim tomava o ‘chazinho da meia-noite’ para ir desta para melhor. Que me deixassem fazer uma passagem digna, sem dor, rápida e consciente. Queria estar atenta para logo recomeçar meu caminho em outra dimensão. Sou totalmente favorável à eutanásia. Morrer com dignidade é preciso”, relatou Lee.No livro, ela ainda relata que não queria realizar radioterapia e nem quimioterapia, com medo dos efeitos colaterais, além de não estar preparada para passar pelo mesmo sofrimento que sua mãe havia passado anos antes.Após os médicos explicarem os avanços nos tratamentos contra o problema, Rita acabou sendo convencida pelos médicos a seguir com os procedimentos, porém a decisão maior aconteceu depois de receber o apoio do marido, Roberto de Carvalho, e dos seus três filhos Beto, João e Antônio.“O amor dos boys Carvalho/Lee me fez optar por aceitar fazer o tratamento, porque, se fosse por mim, adeus mundo cruel na boa”, lembrou a artista, que deixou a publicação de 192 páginas prontas antes de sua partida.Uma curiosidade é que o livro foi distribuído no dia de Santa Rita de Cássia, a qual Rita era devota. Inclusive, ela mudou sua data de aniversário para o mesmo dia de homenagens à santidade, já que não gostava do dia seu nacimento, 31/12, por conta de ser voltada aos festejos de fim de ano.Fonte: Metrópoles