No início do ano, Giovanna Ewbank revelou, durante um episódio do Quem Pode, Pod, que seu filho do meio, Bless, de 8 anos, foi diagnosticado com uma síndrome sensorial. Segundo a atriz, ele se incomodava com pequenos sons, cheiros e tatos, como grama, cebola, gritos e moscas. Mas uma publi feita pela família acendeu um alerta quanto ao problema de saúde do menino.Acontece que, no mês passado, Giovanna Ewbank, Bruno Gagliasso, Titi e Bless participaram da divulgação de um biscoito recheado. No comercial, todos aparecem dando muitos gritos durante as brincadeiras. A questão, então, é a seguinte: será que para fazer os trabalhos publicitários pode gritar? Isso não incomoda os ouvidos sensíveis de Bless?Para evitar que comerciais como estes incentivem as crianças ao consumo descontrolado de alimentos que não fazem bem ou serem influenciados a comprar algo que não precisam, a publicidade de produtos infantis é regulamentada por algumas leis e por órgãos reguladores. Ao todo, são 22 normas que regulamentam a publicidade infantil no Brasil.Inclusive, o produto divulgado pela família de Giovanna e Bruno, o biscoito recheado, está entre os alimentos com “alerta”. Isso porque como os pequenos não têm noção de controle, podem ser levados a consumir mais do que deveriam, causando sobrepeso e obesidade.Revelação da síndrome
Giovanna Ewbank surpreendeu o público ao falar sobre uma questão de saúde do filho, Bless, de 8 anos. Em seu podcast com Fernanda Paes Leme, no YouTube, a famosa revelou que o menino sofre da síndrome sensorial.Trata-se de uma condição em que o cérebro é capaz de captar com maior intensidade alguns sons, toques, cheiros, entre outras coisas. Ao abordar o assunto, a esposa de Bruno Gagliasso chegou a se emocionar e confessou que, no início, não entendeu a situação do menino.“O Bless começou a ficar muito aéreo, fazendo algumas coisas que eu achava um pouco estranhas. Comecei a achar que ele poderia ter um grau de autismo. Até que eu encontrei uma médica em São Paulo que diagnosticou uma síndrome sensorial no meu filho”, contou a atriz no início do ano.Durante a conversa, ela ainda revelou que podia ser exagero de Bless: ““Ele passava pela cozinha e dizia: ‘Que cheiro forte’. E eu falava: ‘Bless, para com isso. É frescura. É o cheiro da cebola’. Quando ele pisava na grama, pedia: ‘Me tira daqui’. Queria muito colo, não gostava de ir para o meio do mato porque o barulho das moscas incomodava”, detalhou.O que é
A apresentadora Giovanna Ewbank revelou que o filho Bless, de 8 anos, foi diagnosticado com uma síndrome sensorial, que atrapalha os sentidos básicos, como a audição, o olfato e o tato.Segundo o psicólogo Alexander Bez, a síndrome, chamada de Transtorno de Processamento Sensorial (TPS), confunde o cérebro durante o processamento de estímulos externos. “Afeta a parte dos sentidos, para uma hipossensibilidade ou hipersensibilidade”, destaca.O Transtorno de Processamento Sensorial, muitas vezes, aparece associado ao Transtorno do Espectro Autismo (TEA). Esse, no entanto, não é o caso de Bless.Durante o programa, Giovanna percebeu algo diferente com a criança durante a pandemia de Covid-19. “O Bless começou a ficar muito aéreo, [fazia] algumas coisas que eu achava um pouco estranhas. Comecei a achar que ele poderia ter um grau de autismo, até que uma médica em São Paulo o diagnosticou com uma síndrome sensorial”, disse.Por causa da síndrome, Bless é mais sensível ao barulho e também se incomoda mais com andar descalço.Sintomas
O psicólogo Alexander Bez diz que as duas manifestações do problema diferem muito entre si. “A hipossensibilidade é muito confundida com uma possível hiperatividade por causa da inquietação. A criança faz muito esforço para reconhecer os estímulos da ambientação, se agitando muito para reagir aos estímulos”, esclarece.Já a hipersensibilidade caracteriza-se pelo extremo desconforto para processar os estímulos sensoriais. “As luzes se tornam mais brilhantes e a temperatura mais alta, os sons são mais intensos e o tato mais apurado”, aponta o especialista.De acordo com o psicólogo, os pais devem ficar atentos às reações dos filhos, pois há o risco do problema passar desapercebido e ser entendido como “frescura”.Giovanna relatou que, frequentemente, o filho passava pela cozinha e reclamava do cheiro. Ao entrar em contato com a grama, houve ocasiões nas quais Bless pediu para que a mãe o tirasse de lá. “Quando eu tive o diagnóstico, foi uma culpa absurda”, lamenta a mãe.Tratamento e diagnóstico
O Transtorno de Processamento Sensorial é um problema de origem genética, ainda sem cura. O paciente, entretanto, pode melhorar as interações e o convívio aprendendo a lidar com a condição.O tratamento com terapeuta ocupacional é recomendado e importante para que a criança tenha uma boa qualidade de vida.Fonte: Metrópoles