O pornô tradicional e totalmente explícito costuma ser a ferramenta a qual a maioria das pessoas recorre para se excitar em um momento pré-masturbação ou antes do sexo. Contudo, especialistas apontam que, quando se fala sobre estímulo de criatividade e repertório erótico, talvez algo menos explícito seja o ideal para dar mais tesão.
É o caso do soft porn, muito usado pelo audiovisual e também na literatura para excitar o público ultimamente. De acordo com a sexóloga e psicóloga Alessandra Araújo, o cérebro tende a ser mais estimulado quando é incentivado a imaginar o que não está vendo.
“Quando vejo algo pronto, não é ativada nenhuma região do meu cérebro que me possibilite criar. Já quando leio ou vejo algo mais sutil e sugestivo, por exemplo, eu ativo meu hipocampo, responsável pelo processo de aprendizagem e pelas emoções. Em um contexto erótico, minhas emoções ativas me possibilitam mergulhar mais”, explica.
Contudo, o pornô explícito continua sendo a escolha de boa parte das pessoas. Em grande parte, isso se deve à pressa delas de chegar ao orgasmo, transformando a masturbação e o sexo em algo automático.
“Temos pressa de ficar excitado, de chegar ao orgasmo, entre tantas outras que afetam até mesmo os meios usados para atiçar o imaginário erótico. Nós não somos incentivados a curtir a experiência, o foco acaba sendo o orgasmo”, afirma a terapeuta sexual Tâmara Dias.
Para inovar e estar sempre estimulando a imaginação e o repertório erótico, a dica é investir ou em cenas com pegada mais sensual do que explícita, ou em ferramentas que não sejam audiovisuais, como livros, contos, podcasts eróticos e até mesmo na sua memória: tente se lembrar de todos os detalhes de uma transa supergostosa que você viveu — e sinta o tesão vir.
Fonte: Metrópoles