A hérnia de disco é um problema na coluna vertebral, que afeta entre 13% a 40% das pessoas ao longo da vida. Dependendo do nível de dor, alguns pacientes recebem indicação para uma cirurgia corretiva.
Uma nova técnica realizada por vídeo promete tornar o procedimento de correção da hérnia de disco menos invasivo. A cirurgia endoscópica da coluna vertebral acelera o tempo de recuperação do paciente ao diminuir o corte necessário para realizar o procedimento.
Para alcançar a hérmia, o médico realiza duas pequenas incisões do diâmetro de uma caneta nas costas do paciente. Por ali, passam uma câmera de vídeo e os equipamentos necessários para a cirurgia.
Além da correção de hérnia de disco, a técnica é indicada para pacientes com estenose lombar da coluna vertebral – condição que gera um estreitamento na coluna na região lombar e causa dor, entorpecimento e fraqueza nas pernas.
O método por vídeo beneficia especialmente idosos, pois esse grupo de pacientes costuma ter outros problemas de saúde que inviabilizam cirurgias mais complexas.
“No método tradicional, a recuperação era mais sofrida, gerando dificuldades de locomoção para o paciente por um período entre seis meses e um ano. Agora, em uma cirurgia de apenas duas horas, o paciente consegue sair do hospital andando”, afirma o ortopedista Breno Frota, da clínica Woori Clinic, de Brasília.
Como é o procedimento
Com a câmera de alta resolução conectada a uma televisão, o cirurgião consegue operar com maior precisão. “É como se o médico estivesse com o olho dentro da coluna do paciente. Isso faz com que os movimentos sejam muito mais precisos”, explica Frota.
De acordo com o especialista, o método anterior era uma cirurgia aberta, com um corte de 3 cm a 5 cm. Para alcançar a hérnia, a equipe fazia o deslocamento da musculatura, provocando maior lesão nos tecidos.
“Por ter maior precisão e lesionar menos os tecidos do paciente, a cirurgia demanda menor uso de anestésicos, menor risco de lesão e sangramento. A alta ocorre com até 24 horas. No contexto geral, a cirurgia é bem melhor para o paciente”, esclarece Frota.
Fonte: Metrópoles