B.O, nova comédia policial da Netflix, estreia na próxima quarta-feira (6/9), e é criada e estrelada por ninguém menos que Leandro Hassum. Na série, o ator, um dos maiores nomes do humor brasileiro, interpreta Suzano, um delegado do interior, atrapalhado e amoroso, que ao ser transferido, se depara com uma delegacia caótica e “barra pesada” na Tijuca, no Rio de Janeiro.Em entrevista ao Metrópoles, Hassum revela que para construção do protagonista, precisou revisitar seu passado e voltou à infância, nos tempos em que visitava seu avô em Barra do Piraí, no interior do Rio. “Esse personagem tem muito da minha infância. O Suzano é muito parecido comigo quando criança. Campo Manso [cidade fictícia da série] é como se fosse uma Piraí”.Suzano, que ganha o apelido de “bundão” por outros policiais na série, tem a personalidade parecida com a do ator, segundo ele. “Eu sou essa pessoa meio lúdica, meio romântica, meio ‘cafoninha’. Esse é o lugar que o Suzano tem, de querer ouvir as pessoas, a opinião do outro. Eu tenho minha opinião, mas eu não sou um cara fechado para ouvir ninguém. Acho que ele é um personagem agregador, e eu sou uma pessoa agregadora também”, confirma Hassum.É a primeira vez que Leandro Hassum participa de uma série policial, mas, além disso, ele define a produção como “o puro suco de Brasil”, já que fala, principalmente, sobre como é possível ser gentil em meio ao caos, e pode ser encaixada em qualquer contexto e profissão.Hassum define ainda a comédia como “totalmente popular”, já que atinge qualquer público. “Nós escolhemos a delegacia, mas poderia ser qualquer ambiente de trabalho onde a gentileza tem que funcionar de uma forma e às vezes isso não acontece. Então o Suzano vem mostrar isso. Vem divertir, tirar gargalhada, mas também mostrar que esse ‘suco de Brasil’ não é amargo, ele pode ser divertido e agradável”, completou.Com o protagonista, o ator revela que também tentou arrancar o estereótipo de que existem apenas “policiais durões” nas delegacias: “Nós criamos um ambiente lúdico, mas totalmente realista. Esses policiais [bonzinhos] existem de verdade. É uma pena que isso não seja tão exaltado quanto a outra parte”.Fonte: Metrópoles