Após uma viagem de férias para as Bahamas em janeiro deste ano, a engenheira geoespacial Jennifer Barlow, 33, veterana do exército dos Estados Unidos, voltou para casa e teve um mal-estar que a deixou acamada por quatro dias. Porém, além do cansaço tradicional ao voltar de viagem, ela percebeu que seu joelho estava inchado e vermelho.
O problema foi piorando ao longo dos dias. “Estava tão inchado que tinha pelo menos três vezes o tamanho do meu joelho esquerdo. Foi realmente assustador. Eu estava com uma dor terrível”, lembra a engenheira, em entrevista ao portal Today.
Preocupada, Jennifer procurou um hospital. Os médicos afirmaram que ela estava com uma lesão, receitaram analgésicos, e a engenheira voltou para casa de muletas. Porém, o joelho continuou inchando e a dor era tanta que ela chegou a desmaiar.
“Parecia uma perna gigante”, descreve Jennifer.
O irmão da engenheira decidiu levá-la a outro hospital, onde foi diagnosticado o choque séptico. O quadro é uma evolução da infecção generalizada — nesse momento, há queda brusca da pressão arterial e baixo fluxo sanguíneo para órgãos vitais, como rins, pulmões e cérebro.
“Fiquei muito preocupado que ela não sobrevivesse”, conta Pollock, irmão de Jennifer. “É justo dizer que a vida dela corria grave perigo”, acrescenta.
Infecção capaz de necrosar tecidos
Jennifer foi diagnosticada com fasciíte necrosante, infecção por bactérias que podem necrosar o membro infectado. O microrganismo penetra a pele profundamente, atravessa as camadas do tecido e chega à corrente sanguínea.
Os médicos não sabem extamente como a militar teve contato com a bactéria estreptococos do grupo A, mas a suspeita é que ela tenha contraído o patógeno enquanto nadava em regiões com água quente na viagem de férias.
Para evitar a morte da paciente, os médicos realizam um procedimento radical: a remoção agressiva do tecido infectado. A infecção havia avançado ao ponto de os antibióticos não funcionarem mais, e não restou opção senão a amputação da perna.
A engenheira passou cinco meses hospitalizada e, ao voltar para casa, Jennifer abriu uma campanha de financiamento coletivo para adquirir uma prótese.
Por enquanto, ela tem usado uma cadeira de rodas para se locomover. “Existem tantas inovações e tecnologia para próteses. Estou extremamente aberta a me conectar com alguém que possa me ajudar”, afirma.
Fonte: Metrópoles