Rio de Janeiro (RJ) — Francisco Dias Felitti, mais conhecido apenas como Chico Felitti, se define como uma pessoa imperativa que “carrega o cachorro pra cima e pra baixo arrumando problema”. Após causar um rebuliço gigante nas redes sociais com o podcast A Mulher da Casa Abandonada, o jornalista retorna aos holofotes como criador e diretor de conteúdo de Angélica: 50 e Tanto, série que acompanha a trajetória de uma das embaixadoras do entretenimento infantil na TV aberta.Em novembro, mês que completa cinco décadas de vida, a apresentadora estreia a produção no GNT e Globoplay. A série, que terá cinco episódios, vai mostrar um lado de Angélica que mudará a percepção do público sobre ela, adiantou o jornalista ao Metrópoles.Questionado sobre o tom que o documentário terá, considerando que o Globoplay acabou de lançar Xuxa, O Documentário, que acompanha a trajetória da Rainha dos Baixinhos revisitando as grandes polêmicas de sua vida, Felitti explicou:“Vai ser uma coisa muito íntima, dela [Angélica] revisitar a vida dela. Ao contrário da Xuxa, a Angélica sempre teve a imagem perfeita na mídia, muito bem editada, e vai ser o momento dela trazer ao público passagens da vida dela que ninguém sabe que aconteceu e que mudam a percepção do público”, disse ele, em conversa na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.Quando questionado sobre como a produção vai mudar essa visão do público da estrela da TV, Chico explicou: “Por vários motivos, seja porque agora ela tem independência financeira, seja porque agora ela tem independência de canal, ela não está em canal nenhum, seja porque agora ela está amadurecida.”“Ela vai contar histórias que nunca ninguém fora da família dela soube, que mostram como a vida dela foi inacreditável no sentido de isso tudo ter acontecido com uma pessoa só”, completa.Sucesso de A Mulher da Casa Abandonada
A conversa também rumou, naturalmente, para o sucesso de Chico com o podcast A Mulher da Casa Abandonada, onde o jornalista contou a história de Margarida Bonetti, uma brasileira que fugiu dos Estados Unidos e do FBI após manter, junto ao marido, uma mulher em estado análogo à escravidão por cerca de 20 anos.Questionado pela reportagem sobre a possibilidade de lançar um livro ou outro tipo de trabalho com a história de Margarida, Chico afirmou rapidamente: “Menor chance”.“É o risco do fazer uma continuação só porque fez sucesso, eu sou meio teimoso com isso. A história está contada”, explicou ele, dizendo ainda que o podcast teve seus direitos adquiridos para virar uma série: “Eu sou consultor, mas as coisas audiovisuais demoram. Eu torço, mas tenho consciência que o mercado audiovisual é muito mais lento do que o que eu faço”, conclui.*A repórter viajou a convite da Amazon BrasilFonte: Metrópoles