Um requerimento de deputados federais pede informações à ministra da Saúde sobre o polêmico “batcu”, que vão desde custos da apresentação até o nome da dançarina que fez a performance. Assinado por Bia Kicis (PL-DF) e outros 18 parlamentares, o documento pede respostas a sete questionamentos sobre a apresentação erótica.
A dança sensual aconteceu durante o 1º Encontro de Mobilização para a Promoção da Saúde, promovido pelo Ministério da Saúde. O material foi gravado em 5 de outubro, segundo dia do evento. No palco, uma dançarina apresentou performance erótica enquanto outra pessoa cantava.
A coreografia, no entanto, não teve qualquer relação com o tema do evento. O encontro buscava debater a implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) no Brasil.
Nas imagens divulgadas, é possível ver a dançarina rebolando ao som da música “Batcu”, de Aretuza Lovi, com participação de Valesca Popozuda. A apresentação foi usada pela oposição para atacar o governo nas redes sociais.
Bia Kicis e o grupo de deputados quer saber o nome do grupo responsável pela exibição, o nome da pessoa que exibiu a dança erótica, o valor do contrato com o grupo, o valor total para que o evento ocorresse e mais.
Na justificativa, o documento afirma que o “batcu” agrediu “a dignidade sexual de todos os presentes, de todos os receptores, de todos os brasileiros”.
Exoneração após “batcu”
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou o afastamento do diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da pasta, após a polêmica dança erótica do “batcu”. Em vídeo publicado nas redes do Ministério, no último sábado (7/10), Nísia ainda se desculpa e diz que foi “surpreendida pelo episódio”.
“Naquele momento, eu estava em uma importante agenda nas cidades de Diadema e Mauá, em São Paulo, para o fortalecimento do sistema de saúde local, como venho fazendo em todo o Brasil. Ao mesmo tempo, comecei a apurar responsabilidades pelo ocorrido. Hoje, diante da gravidade do fato, foi afastado o Diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde, que assumiu integralmente a responsabilidade pelo que aconteceu.”
O diretor do departamento era Andrey Roosewelt Chagas Lemos, doutorando no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e mestre em Políticas Públicas em Saúde pela Fiocruz.
A ministra Nísia Trindade destacou ainda que foi criada, “imediatamente”, uma “curadoria para evitar que circunstâncias semelhantes ocorram nos próximos eventos da pasta”.
Fonte: Metrópoles