A mortalidade por câncer colorretal está crescendo na América Latina. É o que revela um estudo conduzido pela Fiocruz, pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pela Universidade de San Diego, na Califórnia.
A pesquisa mostrou que, entre 1990 e 2019, a alta foi de 20,5% no número de pessoas mortas em decorrência deste tipo de tumor na região. No caso do Brasil, a mortalidade era de, aproximadamente, 10% nos anos 1990 e saltou para 12%.
O crescimento da mortalidade por câncer colorretal na América Latina contraria a tendência global, que tem sido de queda na mortalidade.
O câncer colorretal é o tumor que aparece nos 15 centímetros finais do intestino e está muito associado a inflamações geradas por maus hábitos de saúde. Embora multifatorial, ele ocorre mais em pessoas obesas, sedentárias, com dietas pouco saudáveis e que abusam do álcool.
Contexto econômico no câncer colorretal
Segundo o estudo, uma explicação para o fenômeno é a combinação de hábitos ruins com as dificuldades dos sistemas de atenção à saúde dos países. A pesquisa relacionou o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados — observado na pesquisa pelo crescimento econômico regional— com a subida da mortalidade por câncer colorretal.
Ao contrário dos países ricos, que possuem alto número de casos, mas poucas mortes, no Brasil e nos países vizinhos, a doença costuma ser identificada tardiamente.
Fonte: Metrópoles