Quando se aborda o assunto algas, vem à mente o sargaço, espécie escura que flutua e cresce rapidamente no mar. Embora esse tipo seja visto como “sujeira”, ele não é o único. Existem algas comestíveis e ricas em nutrientes. Por conter substâncias benéficas para a saúde, nutricionistas as classificaram como “verduras aquáticas”.
Focado em saúde, nutrição e bem-estar, o portal Real Simple entrevistou o médico naturopata Ralph Esposito para saber os benefícios das algas comestíveis para a saúde e quais devem entrar para o plano alimentar. De acordo com o especialista em endocrinologia e urologia, as verduras aquáticas “são eficientes na síntese e produção de compostos bioativos”.
@dr.ralphesposito/Reprodução/InstagramFoto colorida de homem branco ao lado de capa de livro gigante – Metrópoles
Ralph Esposito é um médico naturalista com especialização em endocrinologia e urologia
Esposito elencou quatro algas comestíveis. Confira as vantagens do consumo!
1. Algas marinhas
Segundo o médico, algas marinhas do tipo nori, kombu, dulse e wakame trazem na composição bons índices de proteínas, fibras, minerais e ácidos graxos. Reunidas no superalimento, essas substâncias ajudam a reduzir a inflamação a nível celular até melhorar o funcionamento da tireoide por conta do alto teor de ferro.
Caso tenha problemas na tireoide, o expert em endocrinologia atestou “monitorar” a ingestão de algas marinhas para evitar o agravamento da condição. Esposito sugeriu adicionar as opções — nori, kombu, dulse e wakame — à sopa de missô, misturar no arroz frito ou comer folhas crocantes de algas.
2. Chlorella
Ao portal Real Simple, Esposito reiterou que a chlorella é um tipo de alga verde, unicelular, que vive em água doce, rica em nutrientes e com potencial detox. Ao consumi-la, o organismo recebe macronutrientes, como proteínas, e micronutrientes, a exemplo de vitaminas e minerais.
“O superpoder da chlorella é sua capacidade de auxiliar o corpo na desintoxicação, especialmente de poluentes ambientais persistentes, como as dioxinas. Entre as mais comuns estão as bifenilas policloradas (PCBs), que estão se tornando mais prevalentes no abastecimento de água e contaminando os peixes que lá vivem”, explicou o médico.
O expert esclareceu a respeito da Chlorella reduzir a absorção de dioxinas e ajudar a eliminá-las.
3. Spirulina
Parecida com a chlorella por ter a tonalidade verde-azulada, a spirulina dispõe de propriedades antioxidantes. Ralph Esposito destacou que a alga pode ser digerida pelo corpo na forma alimentar integral, embora esteja mais à disposição como comprimido ou em pó. Há quem a adicione em sucos ou smoothies.
Fonte de vitaminas do complexo B, a spirulina engloba índice de proteína maior do que da chlorella. Conforme sustentou o médico naturalista, é complicado obter esses nutrientes sem recorrer a alimentos de origem animal, por isso, a alga surge como opção para os veganos ou com dietas restritivas.
Consumir spirulina contribui com a saúde do coração, além de diminuir os triglicerídeos e o colesterol ruim, intitulado LDL.
4. Musgo marinho
Esposito enfatizou que existe dois tipos de musgo marinho, o irlandês e o normal: “Ambas as espécies oferecem benefícios para a saúde semelhantes”. Com tonalidade vermelha, a alga de textura viscosa atua como “um agente calmante no intestino, ajudando nos problemas digestivos”, conforme reforçou o especialista em endocrinologia.
A ingestão de musgo marinho fornece minerais, por exemplo, o iodo, importante para a produção de hormônios e regulação do metabolismo. O médico frisou que essa alga costuma ser vendida em pó, mas pode ser encontrada de forma crua em lojas de produtos naturais. Quanto ao consumo, fica o aviso do forte gosto de peixe.
Fonte: Metrópoles