Goiânia – A mãe do garoto de 11 anos que foi forçado pela madrasta a comer uma lagartixa relatou que o menino vomitou e urinou um “líquido preto” após o episódio. Segundo Raquel de Souza, a mulher preparou cinco lagartixas diferentes para que a criança comesse.
O caso aconteceu no dia 6 de novembro, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. O garoto foi hospitalizado e chegou a ter o quadro considerado grave, em decorrência, de uma grave infecção no estômago.
Ele teve dor de cabeça, fraqueza, ficou com a língua inchada e diarreia. O menino recebeu alta hospital na segunda-feira (13/11), após três dias internado.
Segundo Raquel, a mulher insistiu para que o filho comesse o animal. De acordo com a mãe da criança, ele avisou que estava com nojo, mas ainda assim insistiram e ele comeu.
“O lugar em que ele vomitou, ficou a mancha certinha. Ele vomitou preto e a urina estava saindo muito escura também, foi onde eu preocupei mais e levei para o hospital”, disse ela ao Metrópoles.
“Ele ficou internado em estado grave. Mas agora ele já está em casa e depois desse baita susto podemos dizer que ele está melhor, nasceu de novo”, afirmou a mãe do menino.
Internação
O menino foi internado no último sábado (22/11), seis dias após a criança ter ingerido o animal. Ao Metrópoles, a mãe do pequeno informou que tudo aconteceu durante o fim de semana de 4 e 5 de novembro, data em que a criança ficou na casa do pai. Segundo ela, a madrasta do filho e a sogra do ex-marido mataram a lagartixa e obrigaram o menor a comer o bicho.
“Elas contaram ao meu filho que tinham o costume de comer lagartixas no passado e que nada aconteceu. Então, mataram uma [lagartixa] e o obrigaram a comer. Isso no domingo (5/11). No dia seguinte, meu menino começou a passar muito mal. Foi aí que ele contou para minha avó o que tinha acontecido. Ele perguntou se ela [avó] já havia comido lagarto e disse que desde que ingeriu um, começou a passar muito mal”, declarou a mãe.
Segundo a mulher, a informação passada pelo filho foi confirmada pelo pai da criança em conversas no WhatsApp. Nos diálogos, o homem contou que não estava no momento em que o caso aconteceu. Ele havia saído e deixado o menino sob cuidados da companheira e da atual sogra.
Piora
À reportagem a mãe narrou que o resultado da “irresponsabilidade da dupla” causou “vômitos incessantes na criança” ao longo da semana, motivo pelo qual a família procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Após a consulta, no entanto, a família foi “mandada” de volta para casa. O mesmo comportamento das equipes da saúde se repetiu uma segunda vez.
Com piora significativa do garoto, a mãe insistiu em um atendimento, dessa vez, em um hospital. Lá, a criança foi diagnosticada com grave infecção intestinal e precisou ser internada, em estado grave.
Conforme relatado pela genitora, o menino passou por acompanhamento, exames e procedimentos para que não houvesse uma piora no quadro. Diante da negligência da madrasta e da mãe dela, um boletim de ocorrência foi registrado.
Agora, a 1ª Delegacia de Polícia de Formosa investiga o caso. Se condenada, a dupla responderá no âmbito do artigo 132 do Código Penal, que diz respeito a expor a vida ou a saúde de alguém a perigo direto e iminente. A pena chega a 1 ano de prisão se o fato não constituir crime mais grave.
Fonte: Metrópoles