Goiânia – A Delegacia de Descoberta de Paradeiros conseguiu localizar a família que brincou com o menino Edson Davi, que desapareceu na última quinta-feira (4/1), na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, trata-se de uma família de argentinos que estava hospedada em um hotel da região.
Os estrangeiros foram mencionados pela família de Edson nos primeiros dias do desaparecimento. No entanto, imagens analisadas pelos investigadores mostram a família seguindo para o hotel sem a presença do menino, além do depoimento do homem que brincou com a criança por alguns minutos.
De acordo com a corporação, o homem se reconheceu nas imagens e relatou que jogou bola com Edson por cerca de 20 minutos. Depois, acompanhado da mulher e de três filhos, voltou para o local onde estava hospedado. O argentino disse ainda que não viu para onde o menino foi.
A família de estrangeiros não é investigada. Segundo a polícia, a principal linha de investigação do caso é afogamento, no entanto, nenhuma hipótese foi descartada.
Análise de imagens
A polícia já analisou diversas imagens de pelo menos sete pontos fixos que ficam no entorno do ponto do desaparecimento. De acordo com a corporação, os investigadores tentam cada vez mais esgotar a linha de rapto, uma vez que até agora não há qualquer indicativo ou prova que o menino tenha saído da areia.
Imagens obtidas pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) mostram o menino Edson Davi Silva de Almeida, de 6 anos, na beira d’água às 15h37 de quinta-feira (4/1) – cerca de 1 hora e 30 minutos antes do registro de seu desaparecimento na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Testemunhas disseram que um salva-vidas chegou a alertar a criança que ela deveria se afastar da água. Tanto a Polícia Civil quanto o Corpo de Bombeiros fazem buscas pelo garoto.
Um funcionário da barraca do próprio pai da criança também disse que chegou a alertar Davi que não era para brincar na beira d’água. Segundo ele, o menino tinha o hábito de ir sozinho ao mar.
Prancha emprestada
Em depoimento, o funcionário de uma barraca vizinha a do pai do menino disse que a criança pediu a prancha emprestada três vezes antes de desaparecer. De acordo com o barraqueiro, o menino disse que sabia nadar.
O homem relatou que recusou o pedido da criança e negou o empréstimo da prancha porque o mar estava muito perigoso naquele dia. Duas bandeiras vermelhas indicavam uma enorme vala no trecho onde o menino foi visto.
A barraca fica localizada a cerca de 70 metros do ponto onde a criança ficava com o pai.
Desaparecimento de Edson Davi
Por meio das imagens recolhidas até o momento, os investigadores descobriram que Edson saiu da barraca do pai, que fica em frente ao posto de salva-vidas, andou cerca de 100 metros pelo calçadão até um quiosque na direção do posto 5 e desceu novamente para a areia no trecho onde o funcionário ouvido trabalha. Pouco depois, o menino desapareceu.
As câmeras também ajudam a esclarecer a suspeita de sequestro em relação ao momento em que Davi brincava com outras crianças, já que é possível ver a família deixando a praia sem a presença do menino.
Os agentes continuam analisando imagens da região e ouvem testemunhas para localizá-lo. O Corpo de Bombeiros também foi acionado e realizou buscas no mar.
O menino acompanhava o pai, que trabalha como barraqueiro, e estava brincando na areia quando sumiu.
Fonte: Metrópoles