Quem nunca teve uma recaída com o(a) ex que atire a primeira pedra. A cantora Camila Cabello não só já teve recaídas como é defensora ferrenha da prática. Em entrevista ao podcast Call Her Daddy, Camila afirmou que as pessoas deveriam continuar fazendo sexo com ex-namorados até que o sentimento acabe.
“Eu sinto que se vocês estão querendo fazer sexo após o término, vocês provavelmente vão se encontrar na próxima semana. Ainda há algo lá. E como eu disse, sinto muito, sou uma defensora. Não acredito no fruto proibido. Se você quiser, faça-o. Na verdade, não odeie ninguém, mas estou dizendo para fazer isso até que o sentimento esteja fora do seu sistema”, disse.
Mas será que é, realmente, uma boa ideia? Uma pesquisa publicada em 2019 pela Archives of Sexual Behavior revelou que ter relações sexuais com um ex pode ajudar a seguir em frente.
De acordo com a psicóloga e terapeuta sexual Tâmara Dias, manter esse tipo de “amizade colorida” com o ex pode dar muito certo, como também pode dar muito errado. O resultado vai depender das expectativas, da clareza e da maturidade de cada um dos envolvidos.
“No geral, já é uma situação em que, com o tempo e a intimidade, pode aparecer ciúmes, sentimento… Por isso, é preciso ter abertura para diálogo e muita clareza de que realmente você não está atrás de algo sério, e ter certeza de que tudo que foi vivido com a outra pessoa está resolvido e superado. Não pode ter nada pendente”, frisa.
Expectativas
Sabendo que pode dar certo, o primeiro passo é responder com sinceridade ao seguinte questionamento: “O que eu estou buscando com esse relacionamento?”. Nesse momento, é essencial colocar no papel (literalmente, se preciso for) os cenários que podem acontecer, o que você está disposto a aceitar ou não, entre outras questões.
“Isso é importante em qualquer relacionamento, independente da configuração. Em uma amizade colorida, principalmente com um ex, é preciso ter um grau alto de desapego e leveza para tratar certas situações. Ter um olhar de respeito para a outra pessoa e as vontades dela, ter responsabilidade afetiva”, elucida.
Sobre as intenções com a relação, Tâmara faz um alerta: não pense, em hipótese alguma, em entrar numa amizade colorida afirmando não querer nada sério quando, na verdade, você quer um relacionamento e tem o objetivo de conquistar a pessoa ao longo do tempo. Isso, sim, é cilada.
“Além de ser prejudicial para a própria pessoa, porque ela vai estar alimentando algo que pode não acontecer, também é injusto com a parceria. Até porque ninguém está livre de se apaixonar, por exemplo. Mas, nessa situação, é preciso ter maturidade para conversar sem cobranças sobre o sentimento e, caso não seja recíproco, deixar a pessoa livre para ir”, orienta.
Por fim, a especialista ressalta que, apesar de não ser obrigatório marcar uma sessão de terapia toda vez que pensar em entrar em um relacionamento, é indispensável dar um check nas seguintes perguntas:
1. O que eu quero e o que eu não quero?
2. O que eu tolero e o que eu não tolero de forma alguma?
Tendo clareza e sinceridade nas respostas, é só partir para o abraço (e outras “coisinhas” mais).
Fonte: Metrópoles