Apesar de ser um dos campos mais pesquisados da ciência, as demências causadas pelo declínio cognitivo ainda não têm cura e os tratamentos para retardar os sintomas não estão disponíveis para toda a população. Porém, algumas mudanças de estilo de vida podem ajudar a diminuir o ritmo da perda de funções.
Algumas das atividades mais conhecidas para desacelerar o declínio cognitivo são jogos que exigem memória e exercício do cérebro. Xadrez, quebra-cabeça e palavras cruzadas são opções populares, e agora cientistas dos Estados Unidos descobriram qual deve ser a frequência mínima de prática para colher os benefícios cognitivos.
Segundo os pesquisadores das universidades do Sul do Mississippi, Texas A&M e Indiana, pessoas que têm mais de 50 anos e declínio cognitivo leve (DCL) conseguiram diminuir o desenvolvimento dos sintomas ao jogar, ler ou escrever pelo menos três vezes por semana. Os 5.392 participantes foram acompanhados por oito anos, e os resultados foram publicados na revista científica Journal of Cognitive Enhancement.
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
Os benefícios foram identificados na memória, atenção e velocidade de processamento cognitivo. Os voluntários que fizeram mais atividades tiveram melhores resultados dos que se engajaram pouco nos jogos, e esse grupo foi melhor do que o que não fez nada.
“Essas descobertas sugerem que intervenções positivas no estilo de vida, um tratamento não farmacológico, têm um papel importante na promoção da função cognitiva e na prevenção do declínio cognitivo no envelhecimento ou em adultos mais velhos com DCL”, escrevem os pesquisadores.
Com o envelhecimento da população e o aumento dos casos de demência, os cientistas esperam que os resultados da pesquisa ajudem no desenvolvimento de terapias para pausar o declínio cognitivo em idosos e pessoas pré-dispostas a ter a doença.
Fonte: Metrópoles