A pele é responsável por desempenhar diversas funções fundamentais para o funcionamento do organismo. É o caso da proteção contra agentes externos, da regulação da temperatura corporal e da atuação no sistema imunológico.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 30% dos registros de tumores malignos no Brasil são de câncer de pele. Por isso, é necessário investir nos cuidados do órgão e atentar-se aos sinais de alerta para garantir qualidade de vida e chances efetivas de prevenção e tratamento.
A médica da área de dermatologia do AmorSaúde, Vânia Basso, explica que os tipos de câncer de pele podem divergir, e os mais comuns são o carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide. “O carcinoma basocelular é o mais frequente e menos agressivo, geralmente aparecendo em áreas mais expostas ao sol, como rosto e pescoço. Já o carcinoma epidermóide, embora também ligado à exposição solar, pode se desenvolver em outras partes do corpo e, se não tratado, pode se espalhar para outros órgãos”, ensina.
Mulher tem câncer de pele no nariz identificado por dentista. Entenda
Além disso, há o melanoma, que apesar de ser menos comum, é mais agressivo e perigoso devido a sua alta capacidade de desencadear metástases. “Ele costuma surgir como manchas ou pintas irregulares e exige diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura”, alerta a especialista.
miriam-doerr/istockPessoa sendo examinada com suspeita de câncer de pele – Metrópoles
Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia
Sinais do câncer de pele
Quando se trata das chances de cura, é importante ressaltar que os sinais da pele são essenciais para o diagnóstico precoce. Nesse sentido, é possível diferenciar manchas comuns de sinais suspeitos com o auxílio da regra do ABCDE. O método é simples e auxilia no acompanhamento de manchas, ajudando também a identificar lesões suspeitas de melanoma. Saiba como ele funciona abaixo.
A – Assimetria: lesões com formato irregular, nas quais uma metade é diferente da outra são mais preocupantes.
B – Bordas: bordas irregulares, mal definidas ou serrilhadas são sinais de alerta.
C – Cor: alterações na cor da lesão, como tons variados de marrom, preto, azul ou vermelho, merecem atenção.
D – Diâmetro: manchas ou pintas com mais de 6 milímetros devem ser avaliadas por um médico.
E – Evolução: qualquer mudança em tamanho, forma, cor ou sintomas, como coceira e sangramento, exige uma consulta dermatológica.
“Ainda que a maioria das lesões não seja câncer, é fundamental procurar o médico sempre que houver dúvida. O diagnóstico precoce pode salvar vidas”, orienta a profissional.
Fonte: Metrópoles