A madrugada dessa quinta-feira (18/9) foi marcada por cenas de guerra dentro do Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, zona oeste do Rio. Oito criminosos armados invadiram a unidade em busca de Lucas Fernandes de Souza, 31 anos, internado após sobreviver a um atentado horas antes.
Segundo a Polícia Civil, o grupo pretendia matar o paciente para impedir que ele identificasse os autores da emboscada. O que chamou atenção dos investigadores é que um dos invasores usava um colete balístico da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), numa tentativa de se passar por agente policial.
Lucas havia dado entrada no hospital após ser baleado e estava sob tratamento. Inicialmente levado ao centro cirúrgico, foi transferido para a enfermaria pouco antes da ação criminosa. Esse deslocamento acabou frustrando os invasores, que renderam seguranças na garagem e seguiram diretamente até a sala de cirurgia, sem encontrar o alvo.Por medida de segurança, a Prefeitura informou que o paciente já foi transferido novamente para outra unidade, com alteração de nome no sistema, para evitar novas investidas.
Investigação
As autoridades afirmam já ter identificado o criminoso apontado como líder da invasão e autor dos disparos que atingiram Lucas. Trata-se de um miliciano com passagens anteriores pela polícia. Ele teria retornado ao hospital para concluir a execução. A investigação está sob responsabilidade da 36ª DP (Santa Cruz), com apoio da Draco.
O prefeito Eduardo Paes criticou a fragilidade da segurança em hospitais do Rio. “É inadmissível homens armados invadirem uma unidade de saúde com tamanha petulância”, disse.
A Polícia Militar realizou operações na região de Santa Cruz ao longo do dia, em busca dos envolvidos. Até o momento, não houve registro de prisões.