

Pessoas com quadro de hiperglicemia (nível de açúcar no sangue descontrolado) no momento em que são internadas por motivos diversos correm maior risco de complicações e morte, segundo um relatório do Programa de Controle de Diabetes do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Esses pacientes passaram, em média, quatro vezes mais tempo internados no hospital durante os anos de 2021 e 2023, em comparação com as pessoas hospitalizadas com a taxa controlada.
A hiperglicemia é caracterizada por níveis de açúcar no sangue muito elevados por um tempo prolongado ou persistente. A principal causa é a diabetes, quando o pâncreas não produz, ou produz insuficientemente, insulina, o hormônio que regula os açúcares do sangue.
A condição está relacionada a diversos processos inflamatórios, complicando o quadro de outras doenças.
Entre janeiro e abril deste ano, 0,81% de todos os pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital morreram por diferentes motivos. A taxa de óbitos foi de 1,81% entre os indivíduos com hiperglicemia.
O levantamento brasileiro revela que até 17,4% dos pacientes hiperglicêmicos são readmitidos no hospital depois de receberem alta da internação.
Sintomas da hiperglicemia
Os principais sintomas da hiperglicemia são sede e excesso de urina. Os pacientes também tendem a sentir dores, dormência, formigamento das pernas, visão turva e embaçada e prurido nas regiões genitais.
Para indivíduos com diabetes tipo 2, os sintomas podem ser imperceptíveis e a demora no diagnóstico pode ocasionar complicações como retinopatia, neuropatia, angiopatia.
Fonte: Metrópoles