Apesar de ser responsável por mais de 2 milhões de mortes e por paralisar o planeta inteiro em lockdowns para evitar a transmissão, todo o coronavírus do mundo cabe em meia lata de refrigerante. A conta foi feita pelo matemático britânico Christian Yates, da Universidade de Bath, no Reino Unido.
Segundo o pesquisador, cada vírus mede cerca de 100 nanômetros, o que corresponde a 100 bilionésimos de metro, sendo mil vezes mais fino que um fio de cabelo humano. No pico da carga viral, por volta do sexto dia da infecção, o paciente pode ter 100 bilhões de coronavírus no corpo.
O Instituto de Métricas e Avaliações em Saúde, nos Estados Unidos, estima que há 3 milhões de pessoas infectadas por dia no mundo inteiro. O matemático usou os números para estimar quantas partículas de coronavírus existem no mundo, e chegou à quantidade de 200 milhões de bilhões, semelhante à quantidade de grãos de areia existentes no planeta.
Yates calculou o volume de um coronavírus, e definiu que cada vírus tem cerca de 523 nanômetros cúbicos. Multiplicando este número pela quantidade de partículas, chegou a um volume de 120 ml. Considerando o espaço entre os coronavírus, caso fossem todos colocados em um recipiente, eles ocupariam 160 ml, metade de uma lata de refrigerante.
A conta não é perfeita, já que é feita tomando como base números estimados. “É chocante pensar que todos os problemas e vidas perdidas que tivemos no último ano foram causados por alguns goles do que seria, sem nenhuma dúvida, a pior bebida da história”, escreve o matemático em artigo publicado na revista The Conversation.
Fonte: Metrópoles