A diabetes é uma doença da produção insuficiente de insulina ou de sua má absorção. Esse hormônio é o responsável por regular a glicose no sangue, garantindo energia para o organismo.
Por isso, apesar do senso comum associar a doença somente aos níveis de açúcar, a diabetes impacta diretamente em vários outros sistemas corporais.
Segundo dados do último Censo, cerca de 20 milhões de brasileiros têm diabetes. Apesar da alta incidência, os efeitos da doença são pouco discutidos. É o caso da relação de sua contribuição para a perda da audição.
A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
A relação entre diabetes e a audição
A audiologista Ariane Gonçalves, da clínica AudioFisa Aparelhos Auditivos e autora do livro Descomplicando a Perda Auditiva, alerta sobre problemas auditivos e possibilidade da perda total da audição em decorrência do diabetes. “Os níveis elevados de glicose no sangue podem levar a mudanças metabólicas que afetam a função das células sensoriais nos ouvidos internos”, explica.
Isso ocorre porque a doença pode comprometer os nervos periféricos e auditivos, além dos vasos sanguíneos. Essas estruturas são fundamentais para a manutenção de uma saúde auditiva efetiva. O caso se torna ainda mais complexo se houver um estresse oxidativo ou uma inflamação, fatores que podem contribuir para a degeneração das células do ouvido.
Fonte: Metrópoles