A coluna teve acesso a um vídeo que mostra um homem de 49 anos, identificado como David Cosac Junior, agredindo uma mulher, de 40 anos, e o filho dela, um menino de 4 anos, com socos e tapas. A violência ocorreu por volta das 19h40 de 7 de dezembro deste ano, no estacionamento de um prédio residencial em Águas Claras, no Distrito Federal.
De acordo com a apuração da coluna, o agressor ocupa o cargo de auditor federal da Controladoria-Geral da União (CGU).
Moradores que presenciaram as agressões relataram à reportagem que acionaram a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) após tomarem conhecimento do episódio. Apesar disso, o homem não foi preso.
Nas imagens, a mulher aparece segurando a criança no colo, aparentemente dormindo sobre seu ombro, quando, de repente, David avança contra os dois e passa a desferir tapas no menino. Em seguida, mãe e filho caem no chão, mas as agressões continuam. O auditor segue atacando as vítimas e chega a puxar a criança pelo braço. Na tentativa de protegê-lo, a mulher se deita sobre o menino.
Após se levantarem, o homem volta a agredir a criança, desferindo um tapa violento na cabeça do garoto.
A denúncia
Procurada pela coluna, a PCDF informou que, na data dos fatos, recebeu uma denúncia anônima relatando que um morador de um edifício em Águas Claras havia agredido uma mulher e o filho dela. A denúncia foi acompanhada por um vídeo das agressões.
Uma equipe policial foi ao endereço, onde o suspeito recebeu os agentes na presença do subsíndico do prédio. Questionado pelos policiais, David alegou que havia encerrado o relacionamento com a mulher e que os dois se desentenderam, entrando em vias de fato.
Segundo a corporação, o autor telefonou para a ex-namorada agredida e repassou o aparelho a uma agente da delegacia, que conversou com a vítima. A mulher afirmou que havia terminado o namoro e que não desejava registrar ocorrência contra o agressor.
Ainda conforme a PCDF, a agente orientou que a criança fosse apresentada na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) para, posteriormente, ser encaminhada ao Instituto Médico-Legal (IML).
O subsíndico se comprometeu a preservar as imagens do episódio e apresentá-las à unidade policial. Ele afirmou ainda não ter conhecimento de episódios anteriores de violência doméstica envolvendo o suspeito.
O caso é investigado pela Seção de Atendimento à Mulher da 21ª Delegacia de Polícia.
A coluna tenta contato com o auditor. O espaço para a defesa segue aberto.
Quem é o suspeito
David Cosac ocupa, desde 2016, o cargo de auditor federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), com salário mensal em torno de R$ 25 mil. Antes disso, nomeado em 2007, atuou como analista de Finanças e Controle no mesmo órgão.
Em um perfil privado nas redes sociais, ele se apresenta como educador financeiro com atuação em investimentos na bolsa de valores e afirma ter “fé inabalável em Deus, no ser humano e no combate à corrupção”.








