A babá do menino Henry Borel, de 4 anos, contou ao noivo, por meio de mensagens em um aplicativo de celular, que o vereador Dr. Jairinho (sem partido) prendeu o menino no quarto, tapou a boca da criança enquanto o garoto tentava gritar “prometo”.Em outras conversas, Thayná relata uma rotina de agressão contra o menino, assassinado em 8 de março. Ela diz que tem pena da criança, e afirma que ele ficará com sequelas psicológicas. Além disso, a babá disse que conversaria com a mãe de Henry, Monique Medeiros, para não ficar sozinha com o menino e Jairinho.“Ué, você está aí pra ficar com a criança e ele coloca a criança no quarto e manda você ficar na sala?”, questiona o noivo de Thayná. “Eu vou conversar com a Monique quando voltar. Não vou dizer o que aconteceu porque eu não vou me enfiar em uma ‘rabuda’”, responde.Dr. Jairinho e Monique Medeiros foram indiciados por dois dos quatro episódios de agressão envolvendo o menino Henry. Por um deles, em 12 de fevereiro, o padrasto foi indiciado por tortura, e Monique por omissão. Já pelo episódio que resultou na morte da criança, os dois foram indiciados por homicídio duplamente qualificado e por tortura.Os dados da investigação já foram encaminhados ao Ministério Público, que pode denunciar o casal pelos crimes.Os investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) pediram a prisão preventiva do casal. Os dois, no entanto, já estão cumprindo prisão temporária de 30 dias desde o dia 8 de abril. A detenção foi determinada pelo 2º Tribunal do Júri, após a polícia alegar que havia suspeitas de o casal estava atrapalhando as investigações e ameaçando testemunhas.A prisão temporária do casal vence as 23h59 do dia 7/5. O Ministério Público espera finalizar a análise o mais rápido possível dentro do prazo de cinco dias.O advogado de Jairinho, Braz Sant’Anna, informou que aguarda a citação do vereador para falar nos autos do processo.A defesa de Monique Medeiros disse, em nota que “o Inquérito Policial foi finalizado prematuramente com erros investigativos. Foram reinquiridas várias pessoas e admitida mudança de seus relatos. Monique não teve igual direito, em “dois pesos e duas medidas”. Mesmo a reconstituição dos fatos, baseada em versão irreal de Monique sob coação e dissimulação, é imprestável.”Fonte: Metrópoles