Uma estratégia que ganhou bastante adesão entre quem faz dieta é a low carb. Conhecido por diminuir a quantidade e proporção de carboidratos da alimentação, esse protocolo, teoricamente, promove resultados rápidos e eficazes no emagrecimento. Mas, na prática, será mesmo o que acontece?
Se você é uma das pessoas que associa perda de peso à diminuição de carboidratos, reveja urgentemente alguns conceitos, sobretudo se a ideia for manter os resultados a longo prazo (ou seja, não voltar a engordar).
Quando um indivíduo diminui drasticamente a ingestão desse macronutriente, as sequelas surgem rapidamente. Em seis semanas, os efeitos são notáveis. Isso porque os carboidratos são fontes primárias de energia do organismo, sendo necessários, inclusive, para a síntese muscular.
Saiba quais as (sérias) consequências de aderir a esse modismo:
1ª semana
Extrema redução no consumo calórico diário (algo em torno de 20 kcal/dia).
2ª semana
Perda de uma média de 2 a 3 litros de água corporal oriunda do glicogênio muscular, ou seja, de uma desidratação nos músculos.
3ª semana
Estabilização do peso, somada à fadiga mental (e física!).
4ª semana
Aumento significativo da fome e do desejo por alimentos calóricos. Maior impulso na alimentação.
5ª semana
Desistência frente à difícil possibilidade de sustentar a estratégia. Rápida recuperação da gordura corporal e do peso perdido.
6ª semana
Tristeza e frustração, levando a repetição de ciclos.
A solução está clara: não adianta restringir os carboidratos da dieta. É preciso, na verdade, melhorar a qualidade e a quantidade. Ao invés de um produto industrializado, que tal optar por aqueles ricos em fibras, como grãos integrais ou frutas?
Nem todo carboidrato é ruim, assim como nem toda dieta low carb é boa. Tudo pode ser incluído na alimentação, desde que na sua devida quantidade e adequação.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica
Fonte: Metrópoles