O humorista Marcelo Adnet usou as redes sociais para se pronunciar sobre a reportagem da Piauí, que traz o relato de 12 mulheres vítimas de assédios moral e sexual por parte de Marcius Melhem. O próprio comediante é citado no texto. Ele comentou sobre o apoio que deu às vítimas: “Fiz o mínimo”.
Ao responder um comentário feito por um usuário do Twitter, que o elogiou pela postura adotada no caso, Adnet disse que respeitou o sigilo.
“Obrigado. Fiz o mínimo, agi e respeitei totalmente o sigilo que as vítimas pediram. A história é muito pesada e traumática para os envolvidos”, afirmou.
Marcelo Adnet foi muito cobrado após sua entrevista ao Roda Viva. Na ocasião, o comediante foi questionado sobre as acusações contra Marcius Melhem e deu uma resposta evasiva – nas redes sociais, vários apontaram que ele estaria “passando pano”. No entanto, como mostra a reportagem, o humorista agiu para manter o sigilo pedido pelas vítimas e, nos bastidores, pressionava a diretoria da Globo.
“Tua amiga te conta um negócio e pede sigilo. Serei leal a ela. Não vou expor a história dela contra sua vontade”, complementou Adnet.
O próprio Marcelo Adnet revelou ter sido vítima de dois abusos sexuais quando ainda era uma criança.
Marcius Melhem
Demitido da Rede Globo em agosto deste ano, após ser acusado de assédio sexual por Dani Calabresa, Marcius Melhem teria sido denunciado por ao menos 12 mulheres, segundo reportagem da revista Piauí, publicada nesta sexta-feira (4/12).
A publicação, que traz relatos de algumas situações de assédio praticadas pelo então chefe do humor da Globo, ouviu 43 pessoas, das quais, duas vítimas afirmaram ter sofrido assédio sexual de Melhem, sete vítimas de assédio moral e três vítimas dos dois tipos de assédio, sexual e o moral.
Os relatos, inclusive, casam com o revelado pela a advogada Mayra Cotta – que assessora um grupo de atrizes que teriam sido vítimas do humorista – em outubro deste ano, em entrevista a Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo. Na época, a advogada falou sobre alguns dos comportamentos denunciados pelas vítimas.
Fonte: Metrópoles