Antônia Fontenelle virou ré pelo crime de preconceito, após fazer comentários xenofóbicos contra o DJ Ivis. Na ocasião, a apresentadora se posicionava sobre as agressões sofridas pela ex-esposa do artista, Pâmella Holanda, quando disse a seguinte frase: “Esses paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo”.De acordo com a decisão da Justiça da Paraíba, foi dado um prazo de 10 dias para Antônia Fontenelle prestar os primeiros esclarecimentos sobre o caso. Esse período é contado a partir da data de recebimento do processo pela acusada. Ainda conforme a decisão, foi concedido à defesa da youtuber, o direito de arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação quando necessário. As informações são do ‘Portal G1’.A atriz foi indiciada há oito meses pelo delegado Marcelo Antas Falcone, da Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos de João Pessoa, na Lei do Racismo. A mesma prevê pena de reclusão de 1 a 3 anos e multa para o crime de preconceito ou discriminação. A partir de agora, o processo contra Antônia Fontenelle deixa de ser um inquérito e se torna uma ação penal.Na época da fala preconceituosa, diversos artistas criticaram Antônia, entre eles, a campeã do ‘BBB 21’, Juliette Freire. No Twitter, ela escreveu: “Não é força de expressão, é xenofobia. Não existe ‘ser paraíba’ e ‘fazer paraibada’. Existe ser paraibano, o que sou com muito orgulho. Tire seu preconceito do caminho, que vamos passar com a nossa cultura e não vamos tolerar atitudes machistas e xenofóbicas de lugar algum”.Após ver as várias críticas que recebeu, Fontenelle voltou a falar sobre o assunto e tentou se explicar. “Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram pra agora me acusar de xenofobia. De novo? Num cola! Já tentaram me acusar de xenofobia”, disse ela, que completou:“Eu falei ‘esses paraíbas quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro, acham que podem tudo’. ‘Paraíba’ eu me refiro a quem faz ‘paraibada’, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer ‘paraibada’, é uma força de expressão”, falou.Ainda segundo informações do ‘Portal G1’, durante o interrogatório, Antônia Fontenelle também deu essa versão. Ela informou que usou as expressões para se referir ao DJ, mas não pretendia atingir a população da Paraíba ou qualquer nordestino. A youtuber chegou a ajuizar um habeas corpus com o objetivo de impedir a realização das investigações. No entanto, a liminar pedida pelo advogado foi negada pela Justiça.Fonte: Em off