Um estudo internacional, publicado na quarta-feira (8/6) na revista Neurology, revelou que as pessoas que vivem em isolamento social correm um risco 26% maior de desenvolver demência em comparação com aquelas que têm vidas socialmente ativas.
Os impactos do isolamento social ficaram mais visíveis para a população com a pandemia da Covid-19. No entanto, esse é um problema antigo, comum entre idosos que moram sozinhos, recebem poucas visitas de amigos e familiares e não se envolvem em atividades sociais.
Os pesquisadores das universidades de Cambridge e Warwick, ambas na Inglaterra; e de Fudan, na China, analisaram dados de 462.619 britânicos com idades entre 50 e 60 anos, disponíveis no banco de dados Biobank. Também foram realizados exames de ressonância magnética e testes de pensamento e memória em 32.263 voluntários.
Os participantes, com idade média de 57 anos, também responderam perguntas sobre a frequência com que visitavam amigos, se moravam sozinhos ou com outras pessoas e se participavam de atividades sociais, como ir a clubes, reuniões ou voluntariado ao menos uma vez por semana.
As imagens de ressonância magnética mostraram que os adultos socialmente isolados tinham menos massa cinzenta em partes-chave do cérebro, envolvidas na memória e no aprendizado.
Cerca de 1,55% das pessoas socialmente isoladas desenvolveram demência, em comparação com 1,03% do restante. No entanto, depois de ajustar resultados, levando em consideração fatores como idade, consumo de álcool, tabagismo e condições como depressão, os cientistas descobriram que o grupo tinha 26% mais chances de desenvolver demência.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.
Fonte: Metrópoles