Pâmela Suelen Silva, viúva do guarda civil Marcelo Arruda, afirmou ao Metrópoles que nem ela nem o marido conheciam ou sabem quem é o bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu a festa de aniversário temática do PT e matou o aniversariante.“Eles não se conheciam. A gente não sabe quem é essa pessoa. Eu só sei que ele é um louco e que acabou com a nossa família. É isso que eu sei”, respondeu a viúva ao Metrópoles.O marido de Pâmela era guarda civil, tesoureiro municipal do PT e já tinha concorrido aos cargos de vereador e vice-prefeito pelo partido de esquerda.Gritos de ordem
“Ele pediu uma decoração do PT, a gente fez uma coisa muito simples para brincar e estávamos todos brincando até então.”Segundo Pâmela, logo após os parabéns, um carro branco chegou próximo ao local da festa, a Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi).O motorista fez o retorno e começou a gritar: “Bolsonaro, mito”,”morte aos petistas”, “fora, PT”, “Lula Ladrão”. “O Marcelo foi intervir, pedir para ele se retirar. Ele sacou a arma e apontou para o Marcelo”, relatou.Pâmela, que é policial civil, também se aproximou para ajudar o marido e viu que no carro ainda estavam uma mulher e uma criança.“A esposa dele estava com o bebê no carro e pediu ‘pelo amor de Deus’ para que parasse aquela discussão. O cara com a arma em punho falou: ‘Vou voltar’, e saiu com o carro”, relatou a viúva.Armas
As armas da policial e do guarda civil estavam guardadas no carro. Mas após a ameaça do agente penitenciário federal, o petista decidiu buscar o revólver.“A gente foi para a festa, não era para usar arma. Era uma festa de família. O Marcelo, como tem experiência de 28 anos de guarda municipal aqui em Foz do Iguaçu, falou: ‘Não, eu vou ficar armado’, e colocou a arma na cintura”, relatou Pâmela.De fato, o bolsonarista retornou após 15 minutos. “Quando ele desceu do carro, ele já estava atirando”, afirmou.“Infelizmente, esse louco chegou. Eu não sei quem é, a gente não sabe. Ele chegou atirando a esmo e poderia não ter acertado só o Marcelo, mas qualquer outra pessoa ali. O Marcelo foi heroicamente bravo e defendeu a todos que estavam ali. Infelizmente, meu parceiro perdeu a vida.”Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Fonte: Metrópoles