

A diabetes é uma doença que causa o aumento dos níveis do açúcar no sangue. Silenciosa e perigosa, pode causar consequências graves aos pacientes como infarto e AVC, além de outros problemas ligados à má circulação. A condição é causada principalmente pela alimentação desequilibrada, rica em açúcar e sódio, e outros componentes associados ao sedentarismo.
Pesquisadores da Universidade Aberta da Catalunha, em Barcelona, apontaram que um alimento cada vez mais popular entre os brasileiros pode ajudar a controlar a insulina e evitar a progressão da doença: a quinoa.
A pesquisa realizada na instituição espanhola observou nove pessoas de mais de 65 anos com pré-diabetes, quadro que alerta para uma possível progressão da doença. No processo, os pacientes incluíram a quinoa por oito semanas em suas dietas. Nas três refeições que faziam por dia, a planta substituía componentes como batatas, arroz ou legumes, e também foi inserida na dieta através de uma farinha que foi usada em massas, bolos e pães.
O estudo, publicado na revista científica Nutrients, aponta que os participantes tinham picos mais baixos de glicose após realizarem a dieta, comparando com a alimentação regular. Foram analisados os resultados obtidos em quatro semanas de dietas normais e quatro semanas com a alimentação baseada em quinoa.
Os pesquisadores acreditam que o grão pode retardar o desenvolvimento da diabetes. A pesquisadora Diana Diaz Rizzolo, da Universidade Aberta da Catalunha, explicou a importância dos resultados.
“Comparamos os padrões de açúcar no sangue e descobrimos que quando os participantes comeram quinoa, o pico de açúcar no sangue foi menor do que com a dieta habitual. Isso é crucial, porque esses picos pós-refeição são um fator determinante na progressão da diabetes tipo 2″, afirmou.
A suspeita é que os polifenóis presentes no grão sejam os principais causadores desses aumentos mais amenos. O micronutriente também diminui a absorção de glicose no intestino e estimula o pâncreas a produzir insulina, revertendo assim o quadro principal da diabetes tipo 2.
Fonte: Metrópoles