“Não tenham medo de assédio, mas sim, de perder a vida”. Após esta mensagem em tom de ameaça a estudantes que protestaram contra casos de assédio no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) , na Zona Norte de São Paulo, ser enviada, mais de mil alunos do campus de Pirituba tiveram as aulas suspensas nesta segunda-feira (29/8).Em comunicado, a reitoria da instituição de ensino informou a paralisação das atividades e que a direção registrou boletim de ocorrência.O e-mail foi enviado de um disparador anônimo no sábado (27/8) e encaminhado por uma das alunas para a direção do IF. O autor escreveu: “Se vocês querem guerra, isso que terão” e ainda ameaçou as meninas dizendo para que elas “não tenham medo de assédio, mas sim, de perder a vida”.ContextoA ameaça foi feita duas semanas depois que um grupo de estudantes de ensino médio realizaram um protesto contra assédio.No mesmo dia da manifestação, um debate sobre o assunto foi promovido por professores e coordenadores. Os estudantes realizaram uma oficina de cartazes, entoaram palavras de ordem e tentaram acolher as vítimas.A coordenadoria de apoio ao ensino afirma que recebeu neste ano duas denúncias e que os assediadores, que são estudantes menores de idade, sofreram sanções disciplinares.Segundo comunicado da reitoria do campus, a ameaça foi recebida com pânico por alunos e está sendo encarada com seriedade pelas coordenações e direção.Com o objetivo de controlar a situação, serão realizadas reuniões com a reitoria, servidores, estudantes e com os pais. Ao todo, o Instituto Federal conta com 1.100 alunos de cursos técnicos de nível médio e superior.“A realidade é que a gente está aqui sem aula, numa baita sensação de insegurança, sem saber o que vai acontecer no dia de amanhã, a gente espera uma investigação o mais rápido possível da polícia, que consiga encontrar os responsáveis por essa ameaça e punir eles”, ressalta Michel Conzfukuda.Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Fonte: Metrópoles