O Aeroporto de Brasília amanheceu movimentado, nesta segunda-feira (19/12), data em que os aeronautas fazem uma paralisação, das 6h às 8h, para reivindicar reajuste salarial de 10,9%. A variação cobrada corresponde à recomposição inflacionária anual de 5,9%, somada a um aumento real de 5%.Para esta manhã, das 6h às 8h, há previsão de 12 partidas da capital federal e 41 chegadas. Durante todo o dia, serão 367 voos. A Inframerica, concessionária do terminal aéreo, emitiu nota atualizada da situação.Até as 8h, a paralisação gerou quatro atrasos superiores a 15 minutos em decolagens, mas não há cancelamentos. Além disso, há atraso em um voo previsto para pousar em Brasília nesta manhã.Nas primeiras horas do dia, pilotos, copilotos e comissários de bordo de voos com origem no Distrito Federal se reuniram no saguão do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, antes de seguirem para os portões de embarque doméstico, onde permanecem desde então.A Inframerica informou que, apesar da paralisação, o terminal aéreo funciona normalmente nesta segunda-feira (19/12).A empresa orienta passageiros com voos previstos para esta segunda-feira (19/12) que cheguem com duas horas de antecedência e, em caso de dúvida, entrem em contato com a companhia aérea.Equipes das forças de segurança pública do DF, como Departamento de Trânsito (Detran) e Polícia Federal, reforçam a vigilância em todo o perímetro aeroportuário. Não há registro de bloqueios em vias ou nos pontos de acesso à área de embarque e check-in.Equipes reduzidas
O diretor de relações institucionais do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Tiago Rosa, afirma que uma decisão liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) estipulou mínimo de 90% das equipes em serviço durante a paralisação.“Nossa greve foi planejada cumprindo essa liminar. Fizemos [a paralisação] com um número reduzido de tripulantes, horas e de aeroportos. Em nossos cálculos, nesse formato, cumprimos com êxito a determinação da ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi do TST”, afirma.A categoria ressalta que os altos preços das passagens aéreas têm gerado grandes lucros para as companhias aéreas e consideram que os profissionais ficaram para trás. Os aeronautas destacaram, também, o trabalho durante a pandemia, pois o setor da aviação não parou, apesar de reduções salariais.“Pedimos desculpas para a sociedade. Nossa intenção não é causar prejuízos a terceiros. Infelizmente, nossa negociação de convenção coletiva vence em dezembro, e não tivemos outra alternativa diante de propostas negadas, a não ser fazer esse movimento o quanto antes”, acrescenta Tiago.Organização
A greve dos aeronautas foi convocada na quinta-feira (15/12), e os profissionais decidiram cruzar os braços por, ao menos, duas horas. O protesto pode se repetir, em caso de não haver acordo da categoria com o sindicato patronal, por prazo indeterminado.Nesse domingo (18/12), a categoria rejeitou proposta apresentada pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) e manteve a paralisação. Outros aeroportos brasileiros, em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, têm voos atrasados e até cancelados.Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no InstagramReceba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre o Distrito Federal por meio do WhatsApp do Metrópoles DF: (61) 9119-8884.Fonte: Metrópoles