Vizinhos da casa onde duas mulheres foram encontradas mortas na manhã desta quinta-feira (10/12), em Planaltina, disseram que ouviram gritos de uma criança durante a madrugada. Maria Madalena Cordeiro Neto, 60 anos, e Giane Cristina Alexandre, 36, mãe e filha moravam no local com um menino, de 6. Ele seria filho da mulher mais nova.
A suspeita é de que esta criança tenha presenciado o crime. Segundo o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que investiga o caso, o menino teria buscado ajuda, por volta das 5h30, no portão de um vizinho, dizendo que a mãe a avó corriam perigo.
O crime deixou moradores da quadra 8 do bairro do Arapoanga chocados. Quem encontrou o corpo das vítimas foram os militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), que foram acionados nas primeiras horas da manhã. Às 6h, chegaram ao local e constataram que as mulheres estavam sem vida.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi chamada e isolou o local para que peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) fizessem a perícia.
Madalena e Giane foram encontradas sem vida, cada uma em um quarto diferente, deitadas de bruços, sobre camas. Segundo ocorrência registrada na 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), não há marcas visíveis de violência ou disparos de arma de fogo. Porém, boletim de ocorrência detalha que, nos pulsos das vítimas, há indícios de que elas tenham sido amarradas.
Amiga da família, Maria dos Santos, 48, diz que frequentava a mesma igreja que Madalena. “Ela e eu servíamos juntas na igreja. Até iríamos ontem [quarta-feira], mas ela disse estar passando mal e não foi”, relembra.
Pela manhã, quando saiu para o trabalho, Maria viu as viaturas da PMDF e do Bombeiros na frente da casa da amiga, mas achou que teria ocorrido algum problema de saúde. “Ela tinha problemas nas costas, vivia reclamando. Jamais esperava que algo tão horrível teria acontecido com elas”, lamenta.
Suspeito
Informações preliminares suscitam que Giane teria terminado um relacionamento recentemente com um homem que mora na mesma rua da família. Ele foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.
Maria conta que as vítimas reclamavam de receber ameaças do rapaz, bem como “declarações de amor”. “Depois que terminaram, ele deixava flores e desenhava corações na entrada da casa. Mas elas sempre jogavam fora ou apagavam”, narra.
Ao Metrópoles, vizinhos da família afirmam que nunca presenciaram ou ouviram qualquer sinal de violência ocorrida na residência. Marleide de Jesus, 55 anos, conta que, no local, moravam três pessoas na casa. “Era a mãe, a filha e o neto de 6 anos”, revela. A dona de casa disse não ter ouvido barulho, e que, quando acordou, deparou-se com as viaturas policiais. “Ficamos muito tristes com a notícia. Eram pessoas muito queridas na rua”, lamenta a moradora.
Fonte: Metrópoles